Usina de Letras
Usina de Letras
302 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Adélia Prado - poesia -- 17/03/2005 - 11:19 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CÓLERA DIVINA



Quando fui ferida,

por Deus, pelo diabo, ou por mim mesma,

- ainda não sei -

percebi que não morrera, após três dias,

ao rever pardais

e moitinhas de trevo.

Quando era jovem,

só estes passarinhos,

estas folhinhas bastavam

para eu cantar louvores,

dedicar óperas ao Rei.

Mas um cachorro batido

demora um pouco a latir,

a festejar seu dono

- ele, um bicho que não é gente -

tanto mais eu que posso perguntar

Por que razão me bates?

Por isso, apesar dos pardais e das reviçosas folhinhas

uma tênue sombra ainda cobre meu espírito.

Quem me feriu perdoe-me.



(Adélia Prado)
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui