O Perfume da Poesia
© Lílian Maial
Meus olhos procuravam em agonia,
de tanto procurar cegos ficavam,
por ti, que me inundaste de poesia,
chorei rios de amor, que não secavam.
E o sol, que me ilumina e aquece o dia,
transforma os versos tristes que brotavam
em flores, com perfume de euforia,
evaporando odores que exalavam.
Os meus poemas sabem ler teu cheiro,
e a cada verso rogam pela noite,
onde a canção estreita essa distância.
Que venham melodias sem recheio,
e o vento afaste o aroma, como açoite,
que toda rima traz tua fragrância.
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