Nada é de fato
como parece ser o ato,
a palavra por mais
que traga em si um nome,
consome em suas formas
a idéia de ser
o que não se imagina.
Em seu exílio,
uma rosa escrita
pode ser flor, mulher, cor
e objeto do desejo.
A poesia carrega
em sua cova
o íntimo do ser.
Em sua casca
divide a vida
em ação e risco.
Poetas para quê?!
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