Quando ela proferiu:Meretriz!
foi um rio sem caudal...
à noite, a outra bebeu licor com aniz
e chorou lágrimas de sal!
Amava-o como ele era:perfeito!
Com seus gostos e defeitos,
com barba ou sem a ter feito...
tinha um senão muito controverso:
pertencia aos amarrados da religião,
com aliança presa ao coração,
daquela que lhe não dava tesão!
Meretriz!
ressoava no seu corpo despido,
maltratava o seu leito adormecido...
Decidiu então apagar o seu Amor,
alforriando-o com distinção,
para retornar à sua flor,
que a ele se dedicara com devoção!
Meretriz!
Apagou esta sentença atroz,
fez-se nua no albatroz,
voou, voou, até cansar a caminhada,
deitou-se na vida desencantada...
de Meretriz passou a aprendiz:
Feliz?
Como o destino o quis!
Jamais Meretriz!
Elvira:)
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