Usina de Letras
Usina de Letras
238 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->As Mulheres de Maurílio -- 15/05/2004 - 22:34 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


As Mulheres de Maurílio


Maurílio era filho caçula de uma humilde família com três irmãos, duas meninas e um menino, vindo muito tempo depois, um nascimento nada planejado, porém muito comemorado.
Como morava em uma cidade turística, praiana, era muito fácil brincar com os amiguinhos.
Depois de uma infância muito feliz, mudou-se para Salvador, em sua adolescência, para fazer o segundo grau, indo morar com parentes próximos.
Ao concluir o ensino regular, decidiu fazer um curso técnico que tivesse uma profissão em expansão, pois nesses tempos de dificuldades, quem não se preparar já sabe...
Assim o nosso amigo se especializou em computadores, indo trabalhar em uma loja de informática, que em pouco tempo era o principal funcionário, onde todos os clientes o procuravam, no expediente ou após, com serviços caseiros, que era o grosso da sua receita. Um dia apareceu uma morena bem simpática procurando uma informação, logo ele se apresentou, todo solícito, para mostrar-lhe o caminho da felicidade, marcando alguns encontros na saída do trabalho.
O nome da garota era Jacirane, uma estudante de segundo grau, que morava com a tia, pois como ele, ela era garota do interior, e para estudar tinha que vir para a capital, mas muitas pessoas utilizam as pobres meninas para fazê-las de domésticas, com aquele papo de “como se fosse da família”, e tome exploração, para fazer todos serviços do lar em troca de casa e comida.
Assim o namoro com Maurílio não foi bem visto pela patroa, digo tia, porque ela começou a sair mais, principalmente durante os finais de semana, que saia para curtir, só voltando na segunda, onde tinha feito aquele tradicional percurso de festas, bares e motéis.
Mas os anos iam se passando e Jacirane começava a pegar no pé do seu namorado, pois já tinha se passado muito tempo, uns cinco anos, e nada de casamento, onde ele sempre mencionava que era garoto ainda, só tinha vinte e dois anos de idade, apesar de ela ter vinte e cinco, com isso, quem ficava frustrada era ela, o que só restava era ficar sempre implorando o casório.
Com isso o namoro foi se desgastando, e ele começou a querer dá no pé, mas não sabia como, após tanto tempo...
Maurílio começou a dar indiretas e evasivas, o que ela percebeu e deu um ultimato, ou ele se casava ou terminaria tudo, e ela voltaria para o interior, e ele nunca mais a veria.
Foi a senha, terminaram tudo, e ela voltou para a cidadezinha no meio da caatinga.
Livre, leve e solto, ele foi a uma praia com os amigos e conheceu de pronto uma garota chamada Isa, não demorou muito e já estavam freqüentando o mesmo motel, e de primeira ela engravidou. Sentindo-se responsabilizado, resolveu casar-se com ela, mas quem ele amava estava lá no interior.
Um tempo depois, Jacirane voltou, não agüentando de saudades do seu amor, foi conferir se o dito cujo estava ainda enamorado por ela, o que era a lei do engano.
Quando ela descobriu que ele tinha se casado há um ano, com filho e tudo, quase teve uma síncope de tanta raiva.
Como a carne é fraca, eles voltaram, ela na condição de amante, contudo era o grande amor de sua vida, assim ele começou a dar as saidinhas, sempre dizendo à Isa que ia consertar computadores, em que ele estava prestes a abrir uma loja do ramo, com o dinheiro da rescisão trabalhista e uma parte da sua mesada , que ela recebia da mãe que morava no estrangeiro e do avô dela.
Nosso amigo abriu o sonhado negócio, onde ele comprou tudo de bom e do melhor, indo cheque atrás de cheque.
Numa dessas escapadas, resolveu passear com seu carro novinho pela orla marítima e parou numa lanchonete, onde conheceu uma loiraça de nome Cida, que mais queria namorar o seu dinheiro, mas, como homem é bicho besta, foi na dela assim mesmo, formando um trio de mulheres à sua disposição.
Sua vida tornou-se um agito só, para conciliar emprego, mulheres e filho, mas dava para ir levando...
Como tinha muitos problemas amorosos e de cunho profissional, ele resolveu contratar dois funcionários, um rapaz chamado Fabrício e uma garota de nome Charlene, o que gerou mais problemas que resolução, pois além de assinar a carteira para os dois, pagar aluguel das salas, e tributos para a abertura da loja, Fabrício começou a enrolar no trabalho, só grudado na internet, e a garota começou a jogar charme para o nosso empresário.
O dinheiro foi se esgotando, entre as muitas farras e despesas, ele começou a se complicar com as garotas, além de tudo, ele caiu no charme de Charlene e foi conferir o que ela tinha de bom, indo terminar o cerão-extra na cama de um hotelzinho do centro, sendo ela a quarta mulher de sua vida ao mesmo tempo, formando um pentágono amoroso.
Tudo se complicou mais ainda, ele decretando falência, e ainda Charlene o chantageou, dizendo que ia processa-lo por assédio sexual, se não desse uma gorda quantia junto a rescisão, pois tinha Fabrício como testemunha, o que fez tudo parecer de caso pensado entre os dois funcionários, onde Maurílio teve que vender tudo, até o seu carro, para cobrir o rombo e pagar a chantagem.
Sua esposa quando descobriu a grande confusão que ele se meteu, se mandou para o exterior com o seu filho. Cida, que só queria conforto, ao ver o nosso amigo à pé, caiu fora, indo cantar em outra freguesia.
Quanto à Jacirane, foi a única que ficou a seu lado, segurando firme a sua mão, para o nosso personagem não beirar a loucura, mas com tudo isso, ela ainda queria casar com ele, pois eles se amavam há tempos, o que ele recusava veementemente, dizendo que agora era um homem falido e desempregado, o que era imperativo esperar mais um pouco.


Marcelo de Oliveira Souza
marceloosouzasom@hotmail.com
Tel 71*91253586



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui