Há tempos que as idéias não aparecem. É um branco atrás do outro e fico apenas na expectativa de uma nova história que não vem. Cansei de esperar e por isso estou aqui, escrevendo neste instante, para você não deixar de me ler. Não sei o que vai sair daqui, pode ser horrível como também pode ser genial, não custa nada tentar.
Creio que completou um mês que estou sem escrever uma frase de efeito, um texto cómico, uma ironia da vida ou simplesmente digitar uma palavra, mesmo que monossílaba. Isto está realmente me preocupando. Será que se esgotaram as minhas idéias? Será que a fonte secou? Será que a forma de eu ver a vida resumiu-se apenas em assimilar todas as ações diárias e guardá-las comigo?
Não quero isso para mim! É uma loucura sem fim rodeando cada canal do meu cérebro! São neurónios em revolução armada, lutando pela liberdade de pensamento imediato, dispostos a darem a vida para manter minha mente ativa, longe da ociosidade que mata o corpo e empobrece minha alma.
Não devo estar enlouquecendo e nem quero entrar nesta questão. Porém, antes que tudo isso chegue a uma história sem fim, escrevo para não esquecerem de mim. Detesto o anonimato! Não suporto viver longe de você, da sua crítica infinita, de sua sugestão, de sua correção sobre a minha péssima gramática. Sinto falta disso.
No entanto, não vou me prolongar. Na verdade, nem queria escrever. Imagino que foi duro chegar até este 5ºparágrafo, num texto sem nenhuma idéia para refletir. Peço desculpas. Desculpas mesmo. Posso até implorar perdão se quiser... mas, senão aceitar, peço apenas que reze por mim.
É por aqui que termino este texto que nunca comecei e que foi difícil acabar.
