Pela estocada da nuvem,
há um rumor magenta,
que traz chuva e venta,
encrespado de fuligem...
É o ruído que despedaça,
tolhe a infeliz desgraça,
e ri-se de quem é sofredor!
De joelhos, Maria clama,
que parem com tamanha dor!
O rumor é um veneno destilado,
malfadado,
nem branco, nem cinzento...
nem avermelhado...
ele fala mais alto que o tempo:
estilhaça o firmamento,
pela boçalidade do jumento,
ao atirar pedras a outro telhado!
Elvira:)
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