Quanto da minha obscenidade,
Terei de sussurrar aos seus ouvidos,
Para que esse corpo seja meu.
Quão lascivo terei de ser,
Para apossar-me de ti.
Na clausura desse desejo,
Sinto teu gosto,
Teu cheiro,
E a fome chega por inteiro,
Dizendo que a parte mais louca,
Dos teus sentidos,
Faz morada no instinto,
E esse diz, e afirma,
Que seja feita uma posse firme,
Sem permitir um intervalo sequer,
Para uma dúvida aflita
Que possa pairar em seu coração.
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