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cronicas-->Pêras ou maçãs? -- 04/07/2003 - 22:34 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Surgiram assim, de repente. Pareciam bonitos, mas na realidade estavam protegidos, embalados, encouraçados. Não se podia ver direito, sequer as formas estavam claras. Os olhos, naturalmente, olharam. Como evitar? Imaginaram, como que apostando um com o outro. Seriam pêras, seriam maçãs? São pêras. Não, são maçãs. É, são pêras, concordou o primeiro. Não, são maçãs, corrige o segundo.

Não dava para ver direito, estavam disfarçados, melhor dizer protegidos, por um certo tipo de armadura. Não entendo muito destas proteções modernas, mas parecem estar na moda. Tecnologia de ponta, novos materiais, ocultando a verdadeira natureza do conteúdo. Absurda esta proteção, tem mais jeito de disfarce. Será? Acho que não, não acredito que precise.

Pêras ou maçãs?

Maçãs são vermelhas, arredondadas, todos sabem. Pêras são verdes, mais pontudas. Mas há pêras vermelhas e maçãs verdes. Há, mais raras, pêras arredondadas. Maçãs pontudas, nunca vi. O fato é que há grande chance de confusão quando não se analisa com cuidado e, sobretudo, nestas embalagens de hoje em dia.

Assim protegidos, encouraçados, não há como dizer. Algo há que fazer, a dúvida não pode persistir indefinidamente. É difícil dizer. Serão pêras ou maças? Como saber só olhando, sem poder levantar a proteção, apalpar. Bem, apalpar já seria demais, assim sem um compromisso de levar. Não fica bem. Alguém pode reparar e de qualquer modo, não estão ali para isto. Mas ver como são, ou pelo menos presumir com boa chance de acerto, não seria pedir demais. Afinal, sempre foi assim, nunca houve muita dificuldade em verificar se são pêras ou maçãs. Um olhar rápido, discreto sempre foi suficiente. Claro, não se pode fixar o olhar, ficar encarando.

As pêras se prestam mais aos lábios. As maçãs ajustam-se melhor às mãos. Mãos cheias, como se diz, envolvendo tudo, apertando com delicadeza, sem machucar. Mas, como estão, não há como saber.

Desisto. Assim é impossível. Só resta imaginar. Imaginar pode, ou se não pode, ninguém fica sabendo.

Talvez amanhã, com mais calor.




Escrito em 04.07.2003
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