Estou diante de ti a confessar
Como confesso a Deus no altar,
O desejo incontido que tenho no peito
De reatar nosso amor desfeito.
Quero, de novo, trilhar os caminhos,
No teu corpo em busca de carinhos,
Perder-me em cada curva, cada canto,
Enxugar, dos teus olhos, o pranto.
Sentir tua mão a minha seda subir
Pela cabeça, e teu peito a fremir,
Com o contato da minha boca que beija,
E morder cada pedaço teu deseja.
Serei a amante do teu agrado
Esquecendo os tropeços do passado,
Encerrando-os em caixa de metal
Como fez Pandora com o mal...
31/08/03.
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