Somos,
Neste vale de lágrimas,
Enigmáticas espirais de DNA,
Chaves da química
E mortais criaturas
No jogo da vida
E da morte
Somos
Seres em delírio que se vêem
Miragens na sede do deserto,
Oásis em sonhos despertos,
Fantasiados de glória
Em sua nudez.
Estamos
Perdidos a vagar nos pesadelos
De pobres deuses enlouquecidos,
Que sonham o céu e vomitam
Nos mares os tsunamis engolidos.
02/2005
|