Numa catedral de luzes feéricas
De vitrais coloridos e cores reflexas
Vivo deslumbrantes e antigas magias
De belas artes e estranhas alquimias
Anjos de rosa entoam seus cânticos,
Sons celestiais me ressoam mágicos,
Como se me passeassem seus passos
Desenhando em mim seu compasso.
E sou o eco de um magnificat triunfal,
O brinde na Traviata transcendental.
Sou o lado claro da lua, a clave de sol,
A chave do enigma, na procela o farol.
Sou feita de música, sou a ave rosa,
Uma Ave Maria, uma trilha sonora,
Num coral lírico de vozes maviosas,
Sou da nave a misteriosa senhora.
25/02/2004 |