O sabor da derrota
Foi uma quarta-feira difícil para mais de 75.000 assistentes do jogo entre o Santos e o Bocca Juniors pela disputa final da Copa Libertadores da América.
Para uns, um pouco menos, pois ao sofrer o resultado de 2 x 0 em Buenos Aires a tarefa se mostrava imensa e, de fato, foi.
O público fez sua parte. Os jogadores também. E, ganhou o melhor pois, é melhor, aquele que faz mais gols. O Bocca Juniors marcou cinco e o Santos apenas um único gol nos 180 minutos de jogo.
O calor das paixões à s vezes nos leva a excessos. Não ocorreram excessos desta vez. Ocorreram, aos meus olhos, apenas uns gestos que não gosto muito ver.
Jogo Xadrez pela Internet. É um jogo, de certa forma, rápido. Os parceiros podem escolher de 1 minuto até mais de hora para cada uma partida. Ganha quem der o xeque-mate ou, ainda, conseguir manter-se em jogo gastando o menor tempo.
Algumas vezes, este critério de tempo é injusto e, ao critério do parceiro ou, a seu critério, assistimos alguém que podendo ganhar, dá a vitória ao adversário pelo jogo e consistência das peças no tabuleiro. Isto revela muita esportividade. Outras, vemos algumas vitórias pífias de um Rei, vitorioso, contra outro Rei, Torre e Peão do perdedor. Mas, cada um faz juízo diferente de suas vitórias.
No jogo de ontem a merecida vitória foi do Bocca Juniors. Afinal, 5 x 1 é um resultado para lá de eventual.
O que me causa espécie então? Bem, é o choro do segundo lugar.
Acho que o choro do segundo colocado faz desmerecer a vitória do melhor. Foram poucos os jogadores do Santos que fizeram isso. Na sua maioria, os jogadores do Santos e os torcedores prestaram uma justa homenagem aos argentinos do Bocca Juniors.
Quiçá eles, argentinos, vençam o Milan... E, meu desejo é que sempre vença, o melhor.
Desta forma, o sabor da derrota é apenas um pouco menos sentido. E a vitória configura-se no reconhecimento do outro.
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