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Contos-->Poemonto contoema -- 25/04/2004 - 17:07 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não faz muito tempo. Era início do outono.
As folhas nem haviam começado a cair,
Mas já estavam mudando para um amarelo
Tão bonito quanto o verde original do verão
Que se despedia de mais uma estação.
Nada havia além do silêncio que seguia
Os meus passos ao longo do caminho.
Parei para descansar à sombra da macieira,
A mesma que me abrigava todos os dias
Em que me entregava à introspecção
E ao refúgio dos meus pensamentos.
Tudo era calma naquela tarde de outono.
Nada que pudesse perturbar a harmonia
Que caracterizava todas as outras tardes.
Mas havia um certo mistério no ar...
Parecia que algo estava para acontecer,
Algo que transformaria aquele dia
Em um dia especial, inesquecível
Não havia vento, céu limpo, cristalino,
De um azul sem o branco das nuvens.
As folhas começaram a cair, uma a uma,
Formando um tapete espesso no chão
E foram crescendo, um, dois, três metros...
Tudo escureceu em volta, parecendo noite.
Fiquei com medo e arrependido de ter
Dispensado a companhia do meu amigo.
Será que ainda poderia me ajudar?
Tentei clamar por socorro mas não consegui
A voz estava presa e não podia gritar
Mas percebi que não era necessário falar
Havia respostas para todas as dúvidas,
Todos os temores que me vinham à mente.
Bastava formular em pensamentos.
A mensagem de que nenhum mal
Iria me acontecer me deixou mais calmo.
Pensei... Se posso ter respostas para tudo...
Qual será o grande mistério da vida?
Por que estamos aqui? Para que?
De onde viemos, para onde vamos?
O pecado existe? E o livre arbítrio?
Não sei se as perguntas foram muitas,
Se eram difíceis de responder, se tinham
Respostas ou se podiam ser respondidas.
O fato é que o céu que havia escurecido
Começou a recuperar o mesmo azul
Imaculado de antes, sem claros ou escuros.
E uma aura de luz, também azul, intensa, difusa,
Dominou o cenário como se prenunciasse
A grande revelação, a dissipação do mistério,
O portal do conhecimento supremo.
Extático, imóvel e receptivo, aguardei
O privilégio que me seria concedido
Não fosse a voz do meu amigo:
Puxa cara, te procurei por toda parte
E já estava preocupado. Vamos correndo
Que a chuva já começou a cair.
Estás com uma cara de sono, hein!
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