Os fariseus, tendo ouvido que ele havia fechado a boca aos saduceus, puseram-se em assembléia; — e um deles, doutor da lei, propôs-lhe esta questão para tentá-lo: — Mestre, qual é o maior mandamento da lei? — Jesus lhes respondeu: Vocês amarão ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu espírito; eis aí o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante ao outro: “Vocês amarão a seu próximo como a si mesmos”. — Toda a lei e os profetas se acham encerrados nesses dois mandamentos.
(Mateus, XXII: 34-40.)
Pesquise, reflita e responda:
1. Quem eram os “fariseus”? E os “saduceus”?
2. Que fazia um “intérprete da lei”?
3. Como pode o homem cumprir o maior e primeiro mandamento?
4. Por que diz Jesus que o segundo mandamento é semelhante ao primeiro?
5. Podemos chegar à conclusão de que, para cumprirmos os dois mandamentos maiores, devemos observar a máxima: Fora da caridade não existe salvação? Por quê?
6. Quem é o seu “próximo”?
Leitura complementar
FORA DA CARIDADE NÃO EXISTE SALVAÇÃO
Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não existe salvação, estão contidos os destinos dos homens na Terra e no céu. Na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no céu, porque os que a tiverem praticado acharão graça perante o Senhor. Esta divisa é a tocha celeste, a coluna luminosa que guia o homem no deserto da vida, para conduzi-lo à Terra Prometida; ela brilha no céu como a auréola santa sobre a cabeça dos eleitos, e na Terra está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Vão para a direita, vocês, os benditos de meu Pai. Vocês os reconhecerão pelo perfume de caridade que espalham em torno deles. Nada exprime melhor o pensamento de Jesus, nada resume melhor os deveres do homem do que essa máxima de ordem divina; o espiritismo não podia comprovar melhor sua origem do que dando-a como regra, pois ela é o reflexo do mais puro cristianismo; com um tal guia, o homem não se perderá jamais. Apliquem-se, portanto, meus amigos, em compreender-lhe o sentido profundo e as conseqüências, e em buscar-lhe por si mesmos todas as aplicações. Submetam todas as suas ações ao controle da caridade e sua consciência lhes responderá; não somente ela evitará que pratiquem o mal, mas ainda os fará praticar o bem; pois não é suficiente uma virtude negativa; é preciso uma virtude ativa; para praticar o bem, sempre é necessária a ação da vontade; para não praticar o mal, são suficientes, o mais das vezes, a inércia e o desleixo.
Meus amigos, agradeçam a Deus, que permitiu que vocês pudessem usufruir da luz do espiritismo; não porque os que a possuem sejam os únicos capazes de salvar-se, mas porque, ajudando-os a melhor compreenderem os ensinamentos do Cristo, ela faz de vocês melhores cristãos; portanto, façam que, ao serem vistos, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e mesma coisa, pois todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, seja qual for o culto a que pertençam. (PAULO, apóstolo. Paris, 1860.)
(O Ev. S. o Esp., XV: 10.)
Teoria
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO
4. Sendo a existência da alma e a de Deus, que constituem a conseqüência uma da outra, a base de todo o edifício, antes de entabular alguma discussão espírita, importa que nos asseguremos se o interlocutor admite essa base. Caso às questões:
Crê você em Deus?
Crê você possuir uma alma?
Crê você na sobrevivência da alma após a morte?, ele responda negativamente, ou mesmo se disser simplesmente: “Eu não sei; eu gostaria que fosse assim, mas eu não estou seguro disso”, o que o mais das vezes eqüivale a uma negação polida, disfarçada sob uma forma menos rude para evitar de chocar demasiado bruscamente o que ele denomina de preconceitos respeitáveis, seria do mesmo jeito inútil ir em frente como tentar demonstrar as propriedades da luz ao cego que não admitisse a luz; pois, definitivamente, as manifestações espíritas outra coisa não são que os efeitos das propriedades da alma; com esse aí, é preciso seguir uma ordem de idéias bem diferente, caso não se deseje perder tempo.
Se a base for admitida, não a título de “probabilidade”, mas como uma coisa aferida, incontestável, a existência dos Espíritos decorre de todo naturalmente.
(O Livro dos Médiuns, primeira parte, noções preliminares, capítulo primeiro, 4.)
Meditação
1. Que é Deus?
2. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
3. Onde é que a gente vê, na causa primária, uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
4. Que é o espírito?
5. Que é a alma?