Receita de ‘Dama da noite’
Se palavras houverem de brotar,
Corta uns dez raminhos pra regra três,
Não daqueles inda finos e tão verdes.
Deixa-os nos vasinhos respirar.
Os que vingarem em louca fúria,
Corre a plantá-los uns a céu aberto,
Os demais em qualquer canto certo.
Logo a copa em cachos de luxúria!
Então, da fresca água da rega
Vive a obra do teu orgulho,
Que leda, ora sutilmente reina!
Para perfumar o ar em redor,
Fica com as duas mais bonitas,
Conversa e lhes pergunta do amor...
Miguel
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