(Coração ausente)
Livra-te, ó gelado coração,
Retirando o temor ao pensamento,
Desmentindo teu passado, fragmento,
Renegando o teu crime, turvação!
Sobrepuja o instinto animal,
Perdoa-o, que falhou um dia,
E egoísta, não te socorria,
Preso ao ciúme doentio, carnal!
Sobreleva, foste sofismado,
A tirania exacerbada, má,
Inexiste no coração amado...
Desiludido, deixaste-me só,
Emparedado vivo, em agonia.
Reencontra-te comigo, tem dó.
Miguel
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