Da janela do meu quarto
escrevi um poema no rio Sena...
um poema de pontes,faíscas
duras,
como sepulturas...
Para ouvir o teu nome
no murmúrio do vento,
estalando o meu sofrimento!
Escrevi um poema de água
para esconder a minha mágoa!
E olho a profundidade do rio...
as barcarolas a navegar,
orlas travestidas...
lascas esquecidas,
mas,de limpidez revestidas!
Escrevi um poema no rio Sena,
da janela da minha mocidade,
que se vangloria com vaidade,
atravessando a bela Paris,
seu suave matiz,
iluminada,
por ti,Amor,
no percurso do devir...
até eu deixar de existir!
Elvira:) |
