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Poesias-->Entardecer de chuva -- 12/02/2005 - 16:58 (José Rafael) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como lágrima na face do rosto

Chove torrencialmente no pinhal,

Escoa-se a chuva que morre

Nos penedos por onde escorre

Com eco abafado e igual

Pelas quebradas ao sol posto.



Gemem carros pelo caminho

Em estridente e agudo canto,

Carregam pinheiros pesados

Pela resina ensanguentados,

Enquanto o vento com pranto

As ovelhas afaga de mansinho.



Sacudido por rajadas frescas

Baloiça o pinhal ao vento,

Cai copiosa chuva na sama

Que ao rebanho serve de cama

Na busca do viçoso alimento

Escondido entre as giestas.



No outeiro soam baladas

Que na flauta toca o pastor

E o rebanho atento escuta

Na azáfama e na luta

Do viver e do seu labor

Num ecoar pelas quebradas.



O sol adormece no seu leito,

A sombra alastra lentamente,

Invade o barroco adormecido

Como fantasma perdido

Nas entranhas do vale dormente

Por onde corre riacho estreito.



Cheia de silêncio e nevoeiro

Cerra-se a noite moribunda,

Enquanto o cão atarefado

Conduz o rebanho apressado

No pinhal onde oescuro abunda

Rumo ao curral estrumeiro.

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