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Cartas-->Carta para a mãe natureza -- 16/04/2003 - 16:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Água E a vida em Prosa e em Versos
(por Domingos Oliveira Medeiros)

A água que nasce, no meio da mata
Um pequeno filete, borbulha em gotas,
Na imensidão.
Escorre da serra, gigante altaneira, no silêncio da noite,
Na escuridão.
Infância de rios, lagos e cachoeiras,
Que crescerão.
E em breve, aos mares, crescidos, acorrerão.

Arrastando lembranças, amores em vão,
Histórias colhidas no meio rural,
Nas grandes cidades, em todos os cantos,
E na capital.
Pessoas, lugares, a vida, enfim,
No curso normal
Das águas correntes, do reino animal.
Mas o que seria a água, afinal?

A água é natural,
A água é mineral, e à vida é essencial.

Água potável, e de se beber.
De matar a sede de prazer.
A água dos rios, a água dos mares.
Água dos navegadores,
Água doce e água salgada.
Água dos descobridores.

Água dos que aqui chegaram,
Cansados, sujos e se molharam
E se lavaram.
Água do banho, água que molha as flores
Água de mil odores. E mil sabores.
Água-de-Cheiro. Cheiro da gente. Água que arde.
Aguardente.

Águas passadas.
Não movem moinhos.
Água de mil amores De canções lembradas.
Águas de março. De fim de verão.
De Jobim, daquela canção.
Águas-de-coco. Águas de emoção,
Enfim.

Água que cura. Água que enobrece.
Água termal. Água tônica e oxigenada.
Água para compressa. Para limpeza.
Água quente e bem fervida.
Água para aquela dor sofrida.
Água do chá que reanima.
De efusão de ervas coloridas.

Água limpa. Cristalina.
Água encanada.
Água sanitária. Água bem tratada.
Água de chuva. Do barulho no telhado.
Água que vem e vai embora.
Água de quem ri e de quem chora.
A água do sol quente e escaldado.
Que deixou o nariz entupido.
Com o cheiro da terra.
Do chão molhado.

Água de fé religiosa.
Água benta. Água sagrada.
Água da lágrima que chora.
E também da gargalhada.
Água má. Água que magoa.
Água dos olhos rasos d’água.

Água que ensina. Que dá conselho.
Água mole em pedra dura.
A persistÊncia que fura.
Água potável, água pura.
Água de se beber.
Água que lava e que limpa.
Água que cura.

Água que transporta. Água que transborda.
Água de se comer. O peixe quando é pescado.
Água da piscina. Do lazer. Água da terapia.
Água da urina. E do joelho inflamado.
Água do acidentado. Água da fisioterapia.
Da ginástica.
E da hidroterapia.

Água da cacimba. Água da tentação.
No meio do mato. Eu vejo a menina.
Nua no banho. O meu coração.
Palpita depressa. Desejo aparece.
Meu sangue esquenta. Escorre nas veias.
Eu peço perdão. E ela concede.

Eu vou para perto. E entro na água.
No banho com ela. Tive a permissão.
No meio da mata. Um pequeno filete.
Um prenúncio de namoro.
Borbulhou dentro dela. Sob o sol da manhã.
Gotas de amor sentido.
Saído de mim. E por ela.
A vida acontece.
De novo aparece.
A água que cresce.
No ventre da moça.
E depois que ela aumenta. O volume aparece.
Estoura a bolsa.
A água escorre das entranhas
Da mãe natureza.

Que concebeu e fez renascer .
A água volta a escorrer
Pelo mundo.
Por rios e mares.
Cachoeiras e cascatas.
Novas histórias.Novos amores.
Milhares de litros de água.
Da água que é a própria vida.
A água cristalina e pura.
A vida bela e em cores.

Domingos Oliveira Medeiros
16 de abril de 2003
















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