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Contos-->Branca Flor de Camélia -- 10/04/2004 - 03:06 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Branca Flor de Camélia


(O homem só não carrega um sorriso eterno porque duvida de Mim)









Aquele entardecer estava levemente encoberto e fresco. Muito calmo e doce ele era maravilhoso naquele parque verdejante.
A primavera havia passado há tempos e era uma tarde no inicio do outono. O verde que me cercava estava mesclado por um amarelo-pálido nas folhas que começavam a secar.
Logo um tapete marrom-escuro cobriria o solo daquele parque em que eu estava; o colorido abundante das flores, que ele ainda tinha, deixaria de existir e os pássaros que ali ficassem passariam a ter um cantar triste. Aquelas árvores lindas e exóticas iam se transformar em troncos nus, como fantasmas a assombrar a natureza.
Nessa hora meu pensamento fez uma indagação:

“Deus, por que só alguns dias do ano as flores invadem a Terra e os homens não são sempre felizes? Por que Pai a primavera não é eterna, o sol não invade a noite e o homem não carrega em seus lábios um sorriso eterno?”.

Eu estava sentado em um banco de madeira, à beira de uma pista de atletismo, e passei a meditar sobre a vida. Cabisbaixo com o meu olhar melancólico preso nas folhas secas, que já haviam caído espalhando-se pelo chão, eu divagava atingido por uma enorme tristeza quando Ele me respondeu.
Ouvi nessa hora um cantar sublime de um pássaro e para a direção de que ele vinha eu dirigi o meu olhar. Ele encontrou, sobre um emaranhado de folhas verdes e muito brilhantes, que contrastava com a palidez do verde-opaco que o cercava, um lindo pássaro. Eu fiquei maravilhado com a visão que tive.
Levantei-me do banco em que estava e acerquei aquele arvoredo diferente. Era um pé de camélias e quando eu o olhei de perto recebi através do que vi a resposta às perguntas que havia feito a Ele.
Estava vendo um amontoado de folhas muito verdes e cheias de vida, irmanadas com centenas de botões prontos a explodirem em belas flores. O pássaro que me chamara à atenção não estava mais ali e no lugar em que eu o tinha visto havia uma linda camélia branca, a única entre os inúmeros botões.
Através daquele arbusto Deus falava comigo:

“Filho, o ciclo da vida é indestrutível. O calor o frio e a escuridão são somente fazes de uma vida intensa.
Se não vierdes a conhecer o frio não te deliciarás com o calor que te envolve e aquece; se desconhecerdes as trevas, jamais enxergarás o que tiver de belo quando estiverdes sob a luz.
Precisas de descanso para serdes ativo. Descansa na penumbra da vida e sedes prestativo e amoroso aos homens sempre que o sol raiar.
As flores não invadem a Terra somente alguns dias no ano, na primavera. Elas estão presentes, todos os dias, no coração daquele que ama verdadeiramente.
Logo será inverno, pois daqui a pouco o outono vai estar chegando ao seu fim. Depois que todas as folhas caírem cairá à neve e o chão ficará branco e gelado.
Logo após um tapete verde cobrirá a Terra. A primavera renascerá e as flores novamente imperarão.
Faça do seu coração o mesmo que esse pé de camélias. De botões e floresça no outono, resista as suas flores durante o inverno e invada a primavera com a sua beleza e exuberância.
A vida é uma eterna primavera no coração do homem que ama verdadeiramente. Ele só não carrega em seus lábios um sorriso eterno porque duvida de Mim."




CARLOS CUNHA





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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

dacunha_jp@hotmail.com










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