Tu que me sugas as energias,
a alma, a vida, o ter e o ser,
tu que falas em vãs demagogias,
tu sorvias de mim para sobreviver...
De dia vives na penumbra, alienado,
de noite procuras-me insaciado...
Beijei-te muitas vezes com ardor,
redimi-me desse arrepiante pecado!
Hoje, cheirei-te...testei o teu sabor,
ânsias de sangue,energia do diabo,
sabor a vampiro amargurado...penado!
E tudo o mais é negro e vermelho
no teu corpo em adiada putrefacção,
camuflas o teu retrato no espelho,
abutre da pureza do coração!
E quando não tiveres mais energia,
chorarás amargamente a tua solidão...
Não terás mais sangue e alegria!
Vampiro será a tua eterna condição,
nos ciprestes talhaste o teu caixão!
Elvira:)
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