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Cronicas-->A morte do cavalo branco -- 26/06/2003 - 19:22 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A morte do cavalo branco

Houve um tempo em que precisávamos de heróis - vivíamos de sonhos. Grandes lendas e estórias foram criadas para ajudar o homem superar suas dificuldades. Líderes, libertadores de um mundo mágico, onde sempre existiu um final feliz. E assim, massas inteiras foram alienadas, conduzidas à esquecerem suas mazelas, cultuando a esperança de que, a qualquer momentos, o cavalo branco surgisse trazendo um salvador que melhorasse suas vidas. O tempo passara e o cavalo não apareceu, despertando na população à necessidade de lutar pela sobrevivência, sem o herói, sem esperanças...de qualquer jeito.
De vez em quando ressurge o homem e com ele a esperança. Deposita-se toda a confiança, mas um impeachment leva tudo para o ralo. Fica a sensação de que sonhar com a honestidade é burrice. O heróis das pistas morre; o do futebol deixou filhos nus pelo mundo, tudo contribui para nosso desalento.
Como iremos viver? Tudo acabado, melhor nos entregar para os americanos!
O tempo passam e sem que saibamos, homens e mulheres, anónimos, montados em corcéis de pau, trabalham intensamente, à longo prazo, sem holofotes e horário nobre, para construir uma história de pequenos heróis, combatendo o mal com tamanha bravura que reencontramos o elo perdido. Pedro, Maria, José, Ana..., nomes que não dariam uma capa, inda mais seguidos de Silva, Soares, Souza, Santos..., nada mais comum. Estes anões andam derrubando a velhacaria centenária brasileira, com seus arquitetos de primeiro nível. Todos os dias a impressa divulga que mais um foi denunciado, indiciado, julgado, condenado ou preso. Mais um trabalho dos pequenos heróis.
O ultimo herói brasileiro hoje é Presidente, levando consigo seus cavalariços, dispostos a mudar. Seus primeiros atos tem sido nobres, dignos do tempo em que esbraveja diante de milhares de metalúrgicos. Aprendeu com as dores e os tombos a malandragem da vida moderna, onde capa e espada acaba em the end.
Mas tenho a sensação de que esperamos pelo herói de ontem, bonitinho, galante, defensor dos fracos e oprimidos, que deixou na história um monte de fantasias e miséria. Monumentos, museus, viadutos e avenidas nos remontam ao tempo destes. Os pequenos heróis do cotidiano - garis, professores, pedreiros, policiais, médicos... - não são levados em conta. Mesmo assim estes derrubam aos poucos o conceito de que a honestidade acabara.
2003, um número feio, começou bem. Muitas coisas importantes acontecendo, realizadas por heróis fora das fábulas. Lula se transformou, matou o ídolo, para ser só Presidente; honesto, sério e realista, montando em seu projeto popular revoluções normais, necessárias, nada que engrandeça a história, mas que colocará comida na mesa e crianças na escola. O resto que fique para a ficção.

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