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Poesias-->CANÇÃO PARA A CIDADE -- 24/01/2005 - 20:09 (Tereza da Praia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CANÇÃO PARA A CIDADE



Tereza da Praia







Brasília, minha ilha,



Cidade das minhas fantasias,



Bem cortada.; ruas largas, muitas magias.



Sem becos, sem vielas, sem trilhas.



Como um bem feito vestido



Vestes-me sob medida.



Não são as pessoas que te escolhem



Tu escolhes teus habitantes,



Aqueles que não tem medo, emigrantes,



Que se arriscam e seguem adiante,



Na busca do conhecimento.



Olhando teu livre horizonte



De um azul calmo e sereno



Vejo-te bem talhada e justa,



Nem grande e nem pequena



Sem quinas e sem esquinas



Roupa que a mim se ajusta.



Vi-te nascer da savana, da campina.;



Do planalto iluminado, coisa quase divina.



Acalentando o sonho encantado



De um povo que tinha ideal



De que esta terra era algo de celestial.



Vi tantos homens encanzinados



Virem fazer de ti seu el dourado,



Habitarem-te sem vontade



Esperando outra realidade.



A magia do poder, que em ti se descortina,



Atrai homens vazios, aves de rapina.



Que em ti só buscam interesses obscuros.



Encontram em ti sequidão.



Reclamam da solidão.



Aqui não planejam futuro.



Vão-se embora sem saudades.



Tu não fostes cortada para homem qualquer



Só para o homem de visão grandiosa



Que não cheira a brilho e a cobre, cidade-mulher.



Fostes cortada para quem te abraça, carinhosa.



Como fosse roupa cortada em malha



Que o corpo modela, ajusta e agasalha,



Tu me vestes feito pele que adere,



Com os meus gestos não interfere.



Pareces tão profundamente natural



Perdeste todo o trejeito artificial



Banhei-me no teu lago



De água morna, um afago



Com mais intimidade



Do que quem anda pelo quarto,



Que por todo resto da casa.



Com a intimidade do sutiã e da calcinha



Mas que outras vestes que descarto.



Brasília, para mim tu és viva e és vida.;



Onde eu encontro guarida



E tenho a minha vida sob a medida



Do seu próprio corpo,



Do meu próprio traçado,



Do meu seguro porto.























Tereza da Praia



Série: Cenas Insanas.









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