O profeta Elias de súbito abre os olhos, prostrado diante do menino em seu leito de morte, como se despertasse de um pesadelo.
O profeta levanta-se e ordena.
(ELIAS)
Pelo Senhor que vive, desperta Joiada!
O primeiro raio de sol brilha sobre a face de Joiada fazendo-o despertar. O menino abre os olhos e sorri para Elias.
(JOIADA)
Sabia que não deixaria que ela me levasse embora!
O profeta abre a porta do dormitório e declama!
(ELIAS)
Corre mulher, teu filho está te esperando.
Egla toma joiada em seus braços e agradeçe.
(VIÚVA EGLA)
ELIAHU - Só Iavé é Deus!
Ao cair da noite, os soldados israelitas montam acampamento. Com angústia e o desânimo retratados em seus semblantes, alguns cuidam dos cavalos, enquanto outros juntam lenha para a fogueira.
Obadias comenta em desabafo, ao seu rei.
(OBADIAS)
Por que insistir nessa perseguição?
Não encontramos água para abastecer as bilhas, sequer para dessedentar os animais.
(AKABE)
Não posso esquivar-me da palavra empenhada.
(OBADIAS)
Morreremos todos de sede e fome!
(AKABE)
Devemos elevar o ânimo dos soldados. Isso certamente nos fortalecerá.
Voltando-se para o oficial, o rei ordena.
(AKABE)
Capitão, leve o prisioneiro para o poste de sacrifício.
Obadias olha com reprovação para o rei.
(AKABE)
Alguma objeção as minhas determinações?
(OBADIAS)
Claro que não, majestade.
O homem que avisou ao profeta a enfermidade de Joiada, agora prisioneiro, intuindo o perigo, desvencilha-se das amarras e tenta fugir do acampamento.
O capitão da tropa ordena aos soldados.
(CAPITÃO)
Cavalaria! Peguem o fugitivo com a rede de caça.
Capturado, o prisioneiro é arrastado por dois soldados a galope até o poste de sacrifício, erguido no centro do acampamento. Já sem forças o rapaz é atado ao poste de sacrifício, pelos sacerdotes.
Akabe se aproxima e ergue a cabeça do prisioneiro.
(AKABE)
Dou-te a última chance de evitar tua condenação.
Onde está o bruxo de Tisbé?
O silêncio do prisioneiro irrita o rei israelita, que empunha sua espada contra o pescoço.
(AKABE)
Não temes embusteiro?
Contemple os olhos de Mothe!
Akabe embainha sua espada e agita os sacerdotes.
(AKABE)
Salve Baal!
Este sacrifício dará sucesso a nossa missão.
O rei israelita aprecia uma taça de vinho enquanto os sacerdotes iniciam o ritual de sacrifício, ateando fogo ao prisioneiro. O cântico de invocação mistura-se aos lamentos do prisioneiro.
(SACERDOTES)
Salve Baal-Zebub, deus de Ecron!
O seu poder verte em nossas veias!
Ó grande Baal, senhor da virilidade.
Queime a alma desse incrédulo!
Impotente, Obadias retira-se, no momento em que as labaredas de fogo assumem a forma de Baal-Zebub.