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Discursos-->DISCURSO de um PINTO desempregado. -- 14/07/2002 - 08:32 (LUMONÊ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todos os dias eu levanto bem cedo, corro até a banca e compro jornais, mas não é para ler as notícias, pois a má notícia é que quem procura emprego não tem tempo para isso.

Com a caneta de meu filho que ainda não foi pra escola eu marco as vagas existentes e saio atrás das mesmas cheio de esperanças, mas chegando aos locais indicados descubro que as vagas já foram preenchidas, por alguém mais jovem do que eu.

Com os pés feridos de tanto andar para lá e para cá eu continuo na luta como pedinte, implorando pelo emprego que em outros tempos me era oferecido. Ando! Peço! Me humilho, mas nada! Volto pra casa sem emprego, sem dinheiro, sem esperança e com muito pouca vontade de viver e muita de comer.

Com o decorrer do tempo eu perdí meu valor. A globalização me trocou por máquinas ou por juventude e o governo esqueceu que a família é a base de uma sociedade equilibrada e que eu não posso manter minha família equilibrada sem trabalho!

Sem emprego eu não posso evitar que meus filhos virem bandidos e minhas filhas prostitutas, que minha mulher me abandone e que eu vire alcoólatra, pois não há família que resista ao ócio.

Eu só quero trabalhar, mas o governo não está pensando no que eu quero, e sim, no que querem os banqueiros, os políticos e as grandes empresas. Qualquer americano manda mais neste país do que eu que sou um trabalhador brasileiro e isso eu não posso aguentar, mas tenho que aguentar, pelo menos até a eleição, quando, sem medo de ser feliz vou votar na única pessoa que poderá me ouvir.

Nesta eleição eu não vou errar de novo. Vou votar em quem é distinto, em quem veio de baixo, em quem pode ouvir meu grito.

Vou votar em Luís inácio Lula da Silva.

E meu nome é José da Silva Pinto; um DESEMPREGADO.



®LUMONÊ

OBS: (Este discurso foi publicado em forma de CORDEL em CORDEL no dia 01/06/2002)

CORDEL do PINTO DESEMPREGADO
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