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Poesias-->SAUDADE DIAMANTINA -- 14/01/2005 - 04:20 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SAUDADE DIAMANTINA





Subi a espinha da montanha

Pra conhecer uma moça,

Nascida na bateia da mão preta,

Sob o flagelo do açoite e da manguara

Numa velha grupiara.



Descobri que a senhora

É uma eterna menina,

Anoitece prata e amanhece diamante,

É a eterna Diamantina.



Em sua alvorada,

Os badalos dos sinos nas torres,

Sob os galos de Luiz XIV,

Fizeram compasso com meu coração,

Despertaram o crente e adormeceram o pagão.



A vida flui, na cidade menina,

Como as águas de seus rios: Cristalinas!

Paira as paixões no remanso do dia,

Revive a história a cada janela e esquina

Com contos, causos, e poesia.



Vi grandes naves e Santos de Roca.

Visitando o passado encontrei o Juscelino.

Num dedo de prosa, molhada de pinga,

Ouvi lendas e relatos dos becos,

Soprados pela fresca brisa

Que vai cantar na Diamantina.



No entardecer da cidade menina

Eu comi quitandas na praça,

Como as das mucamas alforriadas.

Vislumbrei o barroco e o rococó.

Conheci a eira, a beira e a tribeira.

Andei e cantei em suas ladeiras

Pra trazer o deslumbre em minha algibeira.



Na noite aquela cantora menina,

Em serenata de uma só cantoria,

Pastoreia todos os sonhos

Da gente que sabe que as Minas

Num se esquece jamais um dia.



Assim, a moça e eterna menina

Faz dos óio de pedra de qualquer caboclo

Leito de lágrimas diamantinas,

Quando a lua, distante, prateada no céu de luto,

Lembra as pedras das ruas e caminhos

Daquela princesinha das Minas.



RJ, 14/01/2005

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