Eu moro,
Eu moro,
Eu moro...na rua do fio,
A beira do pavil...a ponte do Galo,a ponte do Barreiro e Vila da Barca.
Eu moro
Eu moro,
Eu moro nas proximidades do rio...
Fora de hora garotos andam armados,na maioria mal amados,revoltados sem saber porque.Mas é essa pressão social,essa ociosidade anormal,essa falta de moral,que a gente assiste na tv,que a gente ppor ai vê.
Eu moro numa rua normal,onde a fantasia fez sua época,onde o sonho tranformou-se em real,onde as pessoas desde a raiz são juvenis.
Eu moro,
Hoje eu moro longe desse local,
Eu moro,
Eu choro todos os dias de saudades,das pessoas,que ainda são a minha esperança,que ainda são a minha andança,minha força,quando o céu perde-se da luz.
Se o sol nasce para todos,não sei por que todos daqui,antes de morrer,tem que sentir a dor da fome e a miséria chamar pelo nome.E se sobreviver a tanto terror...entristecer, sofrer,sofrer,sangrar,chorar,gritar até desacreditar,que ainda é possível viver essa vida com dignidade.
Eu moro na Rua do Fio...
A beira do pavil,mas já fui tão feliz,que a minha alma não sai desse lugar,que a minha mãe e as suas ainda moram lá. |