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Cartas-->Mamãe... Doce Ternura!!! -- 14/04/2003 - 00:03 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

MÃE


Ontem à noite, comunicava-me contigo, em pensamento, como sempre faço.
Lembrava-me de nossas conversas freqüentes, sobre o “outro lado” da vida.
Desde criança, tu me ensinaste os fundamentos morais do bom viver... Falavas-me sobre Deus, Jesus e a Virgem Maria.
Nunca batias.
Usavas sempre a doçura e a simplicidade.
Mesmo por alguma coisa mais grave – alguma artimanha mais ousada – tu te fingias de muito indignada, mas, ao menor sinal de alguma lágrima em meus olhos, amansavas logo tua fúria suave ensinando-me, com carinho, que o que fizera estava errado e desagradava a Deus.
Lembro-me de quando te perguntava se Deus ficava aborrecido, a ponto de mandar alguém para o Inferno.
Respondeste que não. Dizias apenas:
“- Deus se aborrece, filha. Assim como um pai o faz quando o filho comete algum erro. Se o pai da Terra perdoa ao filho, Deus, que é melhor do que ele e Criador Supremo de todas as coisas, não poderia jogar um filho seu, no fogo do Inferno. Isso não existe. As pessoas é que, na falta de entendimento, começam a criar mitos, para assustar as crianças”.
Quanta saudade, mãe querida, de teus ensinamentos sábios, apesar de não possuíres instrução acadêmica, nem bacharelado...
Numa dessas conversas que tínhamos, veio-me à memória um pacto que fizemos...
De nós duas, a que primeiro “acessasse o outro lado” arranjaria um meio de, em tempo hábil, comunicar à outra, para que a que ficasse “do lado de cá” tivesse a certeza da continuidade da vida...
Já se passaram cinco anos, de tua partida para o além... E ainda não tive a ventura de “teu clique no link de minha Fé...”.
Por que, amada minha, demoras tanto? Será a burocracia do Céu mais rigorosa do que a da Terra?
Estava neste pensamento, recostada e em recolhimento, num cantinho de meu quintal, entre as plantas, ao lado do pé de Alfazema, cujo perfume suave envolvia meus pensamentos e juntava-se a algumas lágrimas de saudade que teimavam em rolar por minha face...
E eu pedia: o “sinal”?
Haveria, já, passado por mim, sem que eu o percebesse?
Perdida nestas lembranças, nem notei que a noite avançava.
Fui despertada por Bia, que começou a mordiscar-me o braço, alertando-me que os “senhores da casa” já se haviam recolhido e eu estava ali, no jardim, tarde da noite.
Bia é nossa cadelinha ... Raça “pastor”; tem dois anos e é enorme... Com olhos cor de mel.
Enquanto não me movi do lugar, minha fiel cachorrinha não me deu sossego. Parecia dizer:
“- Vai dormir e sonha... Terás a tua resposta no sonho.” Digo isto, agora, porque minha cadelita nunca me fazia sair do lugar. Ao contrário, ficava quietinha e silenciosa a meus pés, torcendo para que eu não entrasse e lhe garantisse uns carinhos. Sabia que eu, entrando, ela ficaria sozinha no quintal.
Por isto, estranhei a insistência dela em me tirar dali... Será que pressentiu algum ladrão a pular o muro, ou está com medo de algum fantasma? Dizem que cães têm a percepção apurada...
Empertiguei-me, peguei-lhe no focinho, como se faz com as crianças e perguntei:
“- Bia, por acaso, tem alguém aqui? Anda... Late! Quero saber!”.
Ela olhou-me fixamente e esticou o focinho gelado para me dar uma lambida no rosto, como era habitual.
Não conseguiu me dizer nada. Como viu que eu não saía do lugar, deitou-se novamente a meus pés e ressonou.
O recado dela era bem evidente, e tão simples: achava que, se todos da casa já haviam se deitado, por que eu, então, teria ficado ali?
Só que o “seu recado” foi mais profundo, como se me dissesse:
“- Vai dormir... E sonha!”.
De fato, sonhei... Com Júlia, minha mãezona adorada. E, no sonho, ela me mostrava algo que, no meu entender, identificava a concretização de nosso “pacto”...
Por uma feliz coincidência, recebi, esta manhã, a notícia de que minha única sobrinha, filha de minha irmã mais velha, vai ser “Mamãe” de uma menininha a quem dará o nome de “Júlia”.
Não acredito em coincidências ou acasos.
Estou muito... Muito feliz... Pois a minha doce Julinha nascerá no início de junho.
Isto significa que serei a “tia-avó” mais coruja do mundo.
É como se Mamãe voltasse, em forma de criança... Quem sabe?
Não é para ficar feliz com a chegada de uma Princesinha?
Meu coração aguarda, com muita ansiedade, a chegada de nossa doce JULINHA...
Dia 14 de abril - Dia de Júlia... Leia o meu poema em homenagem
àquela que me deu a vida e continua "Viva" em meu coração...
Veja a FOTO dela... Viva...



Retrato Fiel de Ti

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