Desconcertado ficou quando ela recusou as três sugestões para o almoço: arroz de polvo no Bargaço, carne-de-sol com farofa matuta no Leite e lagosta no Donatário.
Ela riu dele. Apenas preferiu almoçar em casa.
Levou o vinho, embrulhado na ilusão, quase certeza, de que passaria a noite com Aurora.
Almoço agradável, boa conversa, literatura, música e amenidades.
Dela a casa e o controle da situação.
Ele, na própria teia da viúva-negra, disposto a ser devorado.
O impasse; nenhum dos dois tomou a iniciativa e não aconteceu.
Retirou-se muito antes do esperado.
Mesmo no ocaso, a luz do Sol ainda era mais forte que a do poste, recém acesa.
Para ele, o simbolismo do quanto ela ainda está presa ao amor do passado.
Mas a sensação de que o vento sussurrou as palavras da poetisa a lhe dizerem que a boca dela sabe a restos de almoço e beijo não dado. |