PARA TANAJURA EM RESPOSTA À “PRELEÇÃO”, A MIM DEDICADA
Fernando querido.
Acho que você está com febre... corra e olhe o termômetro! Então você acha que eu seria capaz de tal encantamento? Isso é genialidade, meu querido, dessas que saem do nada, que não são herdadas, que não são ensinadas na escola, que nem mesmo a escola da vida - a melhor que conhecemos - pode meter numa cabeça qualquer. Genialidade não é algo que se quer ou deseja ter. Talvez seja dádiva dos deuses, mas nem nisso creio muito. Gênio é algo que se é. E você é. Isso eu sei há muito tempo, senti ao ler você desde que li pela primeira vez. Mesmo quando não entendo um texto seu, eu sinto a genialidade que por ele passeia e, humildemente, aceito minha incapacidade de entender. E o bonito da gente é isso: aceitar o que é, o que tem, e disso gozar discreta e calmamente, sem vaidades vãs, sem orgulhos dispensáveis, numa atitude de gratidão à vida, à natureza, àqueles que vêm matar a fome e a sede em nossas fontes, fontes que disponibilizamos para o mundo, com desprendimento e total generosidade.
E entenda agora, nesta minha simples preleção, o quanto me faz falta quando você se cala. E não se zangue quando reclamo... rs...
Parabéns por essa maravilhosa “PRELEÇÃO”! E despeje em seus leitores - eu no meio, talvez ocupando a carteira da frente... - as lições que nos dá como ninguém.
E, se aceita uma sugestão, nestes dias cinzas que atravessamos, dê-nos um tratado sobre a "ética do escritor". Diante de tanta irresponsabilidade que nos assola, quem sabe faz efeito e solucione ao menos parte dos problemas. Ninguém melhor que você para falar de responsabilidade e ética, por ser quem é, pelo dom que tem, pelo prestígio merecido de que goza entre nós.
Beijos respeitosos e reverentes, além de plenos de sinceridade...
Sal - uma discípula displicente... rs...
LEIAM:
PRELEÇÃO - para Sal
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