Na vertente sul,
da pequena colina,
aquela matinha
sossegada existia.
Convivia com o vento
que soprava manso
lhe trazendo carícias
daquele amor antigo.
Agradecia a chuva
Que lavava as árvores
infiltrava na terra
trazendo tanta vida.
Tinha uma relação
harmônica e cúmplice
com o solo a seus pés,
seguiam bem, juntos.
Abrigando vida:
Pássaros nos galhos,
insetos nas folhas,
fungos no tronco.
Num outro ritmo,
tempo de eternidade,
vivia a matinha
querendo ser floresta.
Tudo era sereno,
pacífico, e verde
naquele mundinho
repleto de vida.
Em volta o homem
fazia queimadas
sem sequer perguntar
se medo sentia.
Fogo, labaredas,
o solo queimado,
a vida fugindo,
quando podia.
O incêndio se alastra,
o fogo pega a mata,
a madeira crepita,
fumaça, fumaça...
Morre tanta vida,
nenhum pesar sentiram,
pelo fungo que havia,
pelo ninho num galho.
Formigas, lagartas,
pequenos roedores.
Que importância tinha
se acabaram com as flores ?
MINHA SUGESTÃO DE PRÓXIMO POEMA A SER LIDO:
"Quando na Vida se Intala o Caos" |