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cronicas-->choqe de civilizações -- 15/06/2003 - 23:43 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES
Leon Frejda Szklarowsky
(Publicado na Revista Jurídica Consulex 146, de 15 de fevereiro de 2003)
Neste início de século e novo milênio da era vulgar, os homens continuam a não se entender. O que parecia a promissão de uma nova era, graças às grandes descobertas e conquistas, no campo tecnológico e científico, não passa de um imenso sonho que se escoa no ralo da amargura e da angústia.
As ilusões de um novo ano e as aspirações por tempos melhores sucumbem, velozmente, ante o desvario de uns poucos homens que dominam a sociedade, como se fosse seu mundo particular e pudesse dele dispor, como melhor lhe aprouvesse.
As nações rasgam os tratados e convenções como se fossem papéis sem qualquer serventia e preparam-se as guerras e enviam-se os soldados para o front, armados com as armas mais sofisticadas e poderosas, de destruição maciça, com a melhor das intenções, em busca de soluções que nenhuma guerra jamais propiciou em tempo algum.
Mas não é só no plano externo que isto vem ocorrendo. Internamente, também ninguém se entende. A violência insana, a corrupção desenfreada, os desmandos, o egoísmo e a brusca falta de solidariedade constituem os ingredientes notáveis deste momento repetitivo da história. Agora, porém, com maior intensidade e brutalidade, como se tudo isto fosse normal e inexorável.
Antevê-se o choque de civilizações, com o toque final das trombetas, anunciando o final dos tempos.
Entretanto, é ainda no Direito que a humanidade deverá encontrar a via mais adequada de solucionar os conflitos, sob pena de se autodestruir. Não basta, porém.
O Direito, despido da moral, da ética e da religião, não passa de um farrapo de normas sem qualquer conteúdo válido.
Ou, como ensina o jusfilósofo Miguel Reale, "o Direito é uma projeção do espírito, assim como é momento de vida espiritual toda a experiência ética. Realizar o Direito é, pois, realizar os valores de convivência, não deste ou daquele indivíduo, não deste ou daquele grupo, mas da comunidade concebida de maneira concreta, ou seja, como uma unidade de ordem que possui valor próprio, sem ofensa ou esquecimento dos valores peculiares às formas de vida dos indivíduos e dos grupos".
Entretanto, o que poderia parecer o choque de civilizações antagónicas, cada qual querendo se impor, na verdade não passa de produto da incompreensão e prevalência de grupos radicais e fundamentalistas, que devem dar lugar à concórdia dos homens, neste momento crucial da História, para preservação do mais sagrado dos bens, que é a vida, porque não é crível que o ser humano não tenha sorvido as lições do passado recente, que dizimou milhões de inocentes, imolados em nome da supremacia racial ou de um ideário que não resistiu sequer a um punhado de anos e foi pulverizado, e pretenda ressuscitar essa ideologia perversa. Ou em nome da religião, que se quer impor, e, em nome de Deus, que, certamente, não comunga com a insensatez da hegemonia.


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