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| Poesias-->Se a poesia está no ar -- 02/01/2005 - 17:15 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Se a poesia está no ar
Respiro profundamente
Vejo nas ruas, nas calçadas
Nas praças, nos passeios
Versos que soam como canção
Ao meu redor, à minha frente
No meu caminhar
Por todos os meios
Carrego então as poesias
Que me esperam escrever
Amanhã ou qualquer dia
Podem caber na palma da mão
Outras vezes não consigo reter
Quase transbordam de aflição
Umas perdem-se pelo caminho
Outras fogem não sei pra onde
Tenho que andar devagarinho
Uma ou outra até se esconde
Depois de cair pelo chão.
As que consigo escrever
Podem voar de mão em mão
Como se quisessem pousar
E num leve toque oferecer
Sonhos e amor em profusão
Ou simplesmente permanecer
Esquecidas no papel a esperar
Que alguém um dia possa ler
E com elas se identificar
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