Usina de Letras
Usina de Letras
178 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62180 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->PIAUí TERRA DOS MEUS SONHOS -- 15/06/2003 - 21:51 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Piauí, Terra dos meus sonhos
Leon Frejda Szklarowsky
No Piauí, que conheci e amei à primeira vista, instalou-se a Faculdade de Direito, em 25 de março de 1931. Coincidentemente, neste mesmo dia, de 1824, surgia, por obra do imperador, a primeira Constituição Política.
Seus filhos não mais teriam que sair desta terra abençoada, porque aqui se forjaria o celeiro intelectual e cultural do nordeste, terra de bravos e heróicos cavaleiros. O homem do nordeste traz em sua alma a poesia e o canto que faz dele o artista e o músico nato; em seu coração a amizade e em sua mente a ciência, levando para os rincões mais afastados a musicalidade, a candura de sua alma valente e o saber. Está presente, em todo Brasil.
Mas não é só. Envolve-o a jactància da natureza, abraçando em seu seio toda esta formosura que o Criador, em sua bondade extrema, presenteou nosso povo fidalgo e caridoso.
No Piauí, da Serra da Capivara, das 7 Cidades, do Delta, o único delta oceànico das Américas, imenso e cativante, a fazer inveja a qualquer lugar deste mundo caprichoso, nasceram tantos filhos diletos e sábios como: Coelho Rodrigues, autor do Projeto do Código Civil, que, apesar da batalha jurídica com Clovis Bevilaqua, recebeu rasgados elogios deste, porque seus estudos lhe serviram de fonte, para a construção do Projeto que se transformaria no Código Civil; Carlos Castelo Branco, o Castelinho, o príncipe do jornalismo, que a tantos encantou com a Coluna do Castelo; Evandro Lins e Silva, Adrião Neto, Vicente Leal, Hermes Lima, o jornalista Herivelto, Petrónio Portela, Cláudio Pacheco, Wilson Brandão, Celso Barros Coelho, conquanto maranhense, vive intensamente nesta terra de tantos talentos; Nelson Nery Costa, Robertónio, Fontes Ibiapina.
Deus meu, quantos e quantos outros poderia invocar, pela riqueza de valores que esta terra ostenta, nas artes, nas ciências, na literatura, no Direito! Discursaria, sem dúvida, por horas e horas. E não pararia, jamais!
Afinal, nem as Piràmides do Egito, dos Astecas ou a Esfinge se igualam às 7 Cidades, que, se não foram construídas pelo homem, como, teimosa e orgulhosamente, fazem transparecer, foram modeladas pela Natureza, com esmero e perfeição sublime, e representam um sítio de inigualável e inesquecível beleza; ou a Serra da Capivara, património mundial, único parque nacional das caatingas, que hospeda achados arqueológicos, comprovando a presença do homem, há mais de cincoenta mil anos. Nem as dunas, alvas e belas, escapam do olhar do viajante, embriagado com tanta magnificência.
O Piauí, com sua capital mesopotàmica, verdejante, faceira e bela, e linhas retas e geométricas, comemorando 149 anos de fundação, contrasta com o azul do céu, e envolve o viandante, tornando-o escravo dileto desse pedaço de terra paradisíaco.
Este, o Piauí que me hospeda, e, portanto, agora também sou seu filho, neste ambiente de cortesia e doce ternura de seu povo, que sabe como ninguém doar ao hóspede um cantinho de seu próprio lar.
De tantos poetas e escritores, poderia, sem dúvida, declamar ternos poemas e ler eruditos escritos filosóficos, jurídicos ou literários, pois, esta terra é pródiga.
Fixo-me, porém, naquele que me parece cantar docemente o espírito sertanejo deste sertão, onde impera a natureza, autor de Lira Sertaneja: Hermínio Castelo Branco. E a poesia, bem a poesia...Eis, apenas, uma parte:
" Eu sou rude sertanejo:
Só falo a língua das selvas
Onde impera a natureza.
Não sei fazer epopéias,
Não entendo de poemas,
Nem choramingo pobreza.

Não canto glórias da pátria,
Nem os feitos dos heróis,
Nem os pedidos amores.
Nem sei se o mundo se alonga
Além das raias que vejo,
Nestas campinas de flores.

Ou, de DA COSTA E SILVA, o poeta que marcou presença, das mais significativas, além fronteiras, permito-me declamar os versos do RIO DAS GRAÇAS:
Na verde catedral da floresta, num coro
Triste de cantochão, pelas naves da mata,
Desce o rio a chorar o seu perpétuo choro...
E o amplo e fluído das lágrimas desata...

Caudaloso a rolar, desde o seu nascedouro,
Num rumor de orações no silêncio da oblata,
Ao sol - lembra um rocal todo irisado de ouro,
Ao luar - rendas de luz com vidrilhos de prata.

Alvas garças a piar, arrepiadas de frio,
Seguem de absorto olhar a vítrea correnteza.
Pendem ramos em flor sobre o espelho do rio...

É o Parnaíba, assim carpindo as suas mágoas,
- Rio da minha terra, ungido de tristeza,
Refletindo o meu ser à flor móvel das águas.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui