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Contos-->A fórmula errada para ser um poeta exato -- 13/03/2004 - 20:17 (Leonardo Koury Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A fórmula errada para ser um poeta exato

Relacionar com um poeta é extremamente difícil e cansativo.
Um relacionamento que às vezes acaba a ficar somente na base da paciência, onde o poeta dificulta todos os planos de futuro, hora entre seus sonhos e muitas vezes através da sua vontade de que o mundo seja simplesmente a equivalência de seus desejos.
Amar um poeta é mais difícil ainda. Ter que escutar eternamente das outras mulheres que os versos concebidos nos livros, nas revistas não são seus, apesar podemos dizer que é pura inveja.
Pior é ter que escutar os outros, ou pior ainda ele mesmo, certas histórias de amores antigos, futuros, planos insensatos, mesmo que isso seja colocado por ele sem nenhuma maldade.
Ah poetas, tão chatos, às vezes tão melosos que nem parecem fazer parte deste mundo de certezas e compreensões pelo motivo da alma poética modernista ter ainda aquela raiz cercada de paradoxos e antíteses da época barroca.
Como poderia ser feita a descrição daquele que às vezes sem qualquer maldade acaba forçando pessoas a sentirem algo, sentimentalmente ou não. Parece que os poetas estão vivendo plenamente uma dramaturgia infinita e constante como seus sonhos.
Entre seus medos, seus desacertos e sua coragem expressiva nas horas mais erradas, nas suas repetições de falas amorosas. Penso que os poetas às vezes têm medo de perderem, mas tem ciência de que talvez as conquistas mais vulneráveis são as mais duradouras, que a repetição pelo gostar, amar, ter do lado mesmo que seja pouco tempo é eterno enquanto durar.
A filosofia poética parece relativamente um concreto que de consistência não há nada, que de força somente tenha a aparência, pois sua solidez acaba totalmente num beijo ou num “eu gosto de você”.
Esse choro constante pela vida, cheio de justificativas emocionais e sociais parece que estar ao lado de um poeta é a coisa mais cansativa do mundo, poeta é ser chato lutando pela causa dos outros e tentando mudar um mundo que nem se quer argumentou pretender ser mudado, mas a esperança do poeta faz com que ele com versos e muitas vezes com a própria vida faça sua parte, se sacrificando por aqueles que menos o admira.
Como é triste viver ao lado de um poeta, como é difícil amar quem já amou milhares de outras mulheres e que não coloca a certeza que a atual amada será a última, mas sim que ela será imortal como todas as outras.
Enfim, o que há de especial no poeta que a solidão somente vem nos momentos de inspiração, pois convenhamos, a cobiça pelo ar poético é consensual nos requisitos de que o amor do poeta é mais intenso e que seu certo charme encanta e agrada pouco mais do que quase todas as mulheres.
Será que o coração do poeta é tão aquecido que conforta sua amada que passa um certo tempo, ou talvez anos do lado dele, que faz o admirar pelas palavras de amor e pelo dizer calmo e tranqüilo, por sentir que este coração bate fortemente e ama, ama loucamente que o faz ser desconfiado a ponto de esquecer dos dias, dos minutos e dos segundos somente para ter o prazer de estar ao lado deste amor que ali é único e essencial.
Possivelmente o pouco que o poeta possa dar é muito amor para os seres humanos comuns, que são somente feitos de carne e osso. Digo isso que a fórmula do poeta é diferente, Platão dizia que o poeta era um anjo sem asas e por isso ele vagava cantando como um homem qualquer. Outros dizem que o poeta é a mistura da parte física comum e da parte lógica às vezes movida pelo desejo de mudança e outras vezes sua parte lógica movida pelo amor.
Qual é o porquê dos poetas serem tão errados e mesmo assim depois de milênios não perderam seu poder de conquista. Será que os poetas têm a fórmula exata de carinho e atenção que as mulheres necessitam, que eles têm o ponto exato de desejo necessário para que a cama pareça única e infinita.
Eu como um poeta diria que a simplicidade errada do poeta é a mais certa para conjuntura eterna de todo qualquer ser necessitado de poesia e amor.

Leonardo Koury Martins
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