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Artigos-->O Retorno do PFL Ao Poder (Parafraseando) -- 26/07/2002 - 18:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Retorno do PFL ao Poder

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Caro Lafaiete Luiz do Nascimento. Nada tenho contra o fato de você ser eleitor do PT. Opinião é opinião. E eu tenho a minha. Sua fala no artigo acima parafraseado é cheia de incoerência verbal e falta de conhecimento político. Custa a crer que uma pessoa com estilo agradável de escrita, utilize este recurso para falsear os fatos. Só pode ser fruto de uma paixão que se finda. A paixão de ver o “antigo” Lula no poder. Sim, posto que, atualmente, ele mais parece um clone apressado do grande líder sindical e fundador de um dos partidos que, durante muitos anos, mostrou que se podia fazer política sem recorrer ao instrumento da concessão indevida.



Vamos por parte. (01)Se o Lula fosse considerado, de fato, no meio universitário americano, um “intelectual liberal”, em nada resolveria o nosso problema. A menos que ele, a exemplo de Fernando Henrique, resolvesse seguir a cartilha do FMI e dos agiotas internacionais, que tanto você combate. (02) Uma pessoa lúcida, politicamente falando, não iria, jamais, coligar-se com o PL, partido de conhecida linha programática mais à direita, totalmente diferenciada daquela proposta pelo PT. Além do mais, o vice de sua chapa, se não me falha a memória, foi justamente quem inventou a história segundo a qual o Lula teria parte com o “Coisa Ruim”. E, como tal, deveria ser exorcizado. Eleição faz milagre. Mas milagre tem limite. Não precisava descer a tanto para chegar ao poder. (03) O Ciro Gomes entrou com representação, junto ao TSE, contra o apoio de alguns simpatizantes de Collor, no Estado de Alagoas. Apoio, diga-se de passagem, espontâneo e sem a simpatia do Ciro que, inclusive, publicamente, manifestou sua aversão ao fato. Coisa que o Lula não fez em relação ao seu vice e ao próprio PL, a nível nacional, o que se me afigura bem mais grave.



(04) E não adianta falar de vice. Vice por vice o Lula já é tricampeão, e caminha rumo ao tetra. Aliás, o vice de Fernando Collor, o Itamar Franco, prometeu apoio incondicional ao Lula e, nem por isso, alguém fez alusão ao fato de que o Lula estaria sendo apoiado pelo Collor. Muito embora, justiça seja feita, o Collor já se manifestou a favor da candidatura do Lula, pois , sabidamente, é inimigo do Ciro. A história que você tenta passar adiante está mal contada. (05) Todas as mazelas que vocÊ relaciona, como corrupção, juízes que roubam, “apagão”, endividamento público, falta de emprego, enfim, são mazelas do governo FHC, que ninguém, em sã consciência, pode estar a favor. Fruto de uma política econômica equivocada. Da falta de competência e da opção pela subserviência ao capital externo. Excessos de vaidades e veleidades. Mas fiquemos por aqui. Justiça seja feita, nem o Lula, nem o Ciro e nem o Garotinho têm nada a ver com isso. Talvez o Serra, apesar de alguma crítica, aqui e acolá, sobre o desempenho de um governo que ele ajudou a fazer.



(06) O Brasil está precisando de uma reforma política ampla. Não temos mais partidos políticos, na acepção correta do termo. Temos ajuntamentos de interesses. É dentro deste contexto que uma ala do PFL, que rompeu com o presidente FHC, resolveu apoiar o Ciro Gomes. Detalhe: mais uma vez sem impor condições, principalmente em questões de ordem programática e econômica. Coisa que a coligação do PT com o PL não ficou muito clara. A parte “podre”, politicamente, que apóia esse governo continua apoiando o Serra, por exemplo, no Piauí, no Paraná e assim por diante. É mais ou menos como o apoio do PMDB de Orestes Quércia ao Lula. E parecido com o apoio do Paulo Maluf ao PT. Coisas de nossa política insipiente. . Nada que o sujo não possa falar do mal lavado. Se bem que há sujos que mergulham na lama porque querem. Outros sofrem os respingos de uma legislação dúbia e mal elaborada. Talvez atendendo aos interesses da época em que foi aprovada.



Por fim, querendo ou não, o Ciro é o candidato que tem o melhor programa. O mais preparado. O mais experiente. O melhor apoio político. E as melhores idéias. Lembra-me, e muito, o Prof. Cristóvam Buarque, o melhor governador que Brasília já teve. Aliás, meu candidato ao Senado. Somente o Ciro terá condições de reverter o caos e o processo de endividamento e humilhação a que fomos submetidos. O Lula, que me desculpem seus adeptos, perdeu o bonde da história. Apostou no marketing eleitoral. Trocou o macacão pelo terno. Passou a usar a gravata, o sapato, o perfume e as frases ditadas por um marqueteiro. Assumiu, sim, a postura “light”. Não tem sido claro em suas argumentações. Tornou-se tão evasivo quanto os seus antigos adversários Paulo Maluf e tantos outros que o apóiam. O Lula, na verdade, é o perfeito risco-Brasil. Não pela sua honestidade. Menos por sua capacidade e bons propósitos. Mas porque será, como sempre, o candidato ideal do governo. O mais fácil de ser vencido no segundo turno. E continuar tudo como antes. Não no quartel de Abrantes. Mas na maldição dos “Fernandos”. Abraços.



Domingos. 26 de julho de 2002







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