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Discursos-->15. REPERCUSSÕES DOS CRIMES CONTRA A NATUREZA -- 11/07/2002 - 05:55 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Olhem para os verdes campos. Vejam que graciosidade de matizes, de colorido. Observem o delineamento sutil dos morros ao longe. Considerem a esbeltez das árvores, o bulício das aves, o dardejar dos insetos. O reflexo luminoso das flores é virtude sagrada da natureza. Por sua causa se dá a polinização, através da atração dos pequeninos obreiros, que fertilizam o mundo e o mantêm ecologicamente equilibrado. Ventos e chuvas exercem também seus papéis de importância na manutenção da vida.

E o homem?

O homem destrói, o homem persevera na incansável faina dendroclasta, arruinando a paisagem, ferindo de morte a natureza, alterando a essência da criação. Que pretende? Que espera? São inenarráveis as inevitáveis conseqüências de seu funesto procedimento. A morte, enfim, coroará sua obra e de nada poderá orgulhar-se. A sua malfadada ânsia de poder flui de sua orgulhosa mente. A sua deletéria interferência nos princípios vitais, adulterando fins e considerando resultados, o arremessará em breve a furiosa tarefa de reconstrução, mas tardiamente. Desejará nunca ter existido, tais os males que lhe sobrevirão. De que lhe vale a vida, se dela se desfaz a cada passo?

Reflitam, pobres homens, a respeito de seu procedimento e estejam atentos para suas atitudes de irreverência e de descortesia para com a obra do Senhor. Vocês são os seres mais sábios da criação, dentro do âmbito deste mundo em que habitam, na companhia de inumeráveis outras criaturas de Deus, e, no entanto, todas elas realizam tarefa mais sagrada, mais útil, mais proveitosa, mais oportuna. Vocês estão perdendo seu paraíso, por força das seduções dos prazeres e do desejo de glória e poder. Não percebem isso? De que lhes vale seu conhecimento cada vez mais íntimo da natureza da matéria, se lhes falecem os mais comezinhos princípios da vida moral? Vocês ganham o seu corpo e perdem a sua alma, irremediavelmente. Vocês desejam fugir ao castigo? Então, por que não trabalhar honestamente para isso? O caminho está aberto e é cheio de espinhos. Temem magoar sua cara epiderme? Têm nojo de ver correr seu próprio sangue? Então, por que derramam em largas golfadas o sangue inocente de seus irmãos? Será que os espinheiros só a eles pertencem? Não se envergonham de suas miserandas deliberações em favor de suas comodidades e em prejuízo da felicidade de seus irmãos? Se pensam em que o sofrimento deles os levará mais prontamente ao paraíso celeste, como se enganam! Não sabem que só a consciência, plenamente desenvolvida, é que merecerá tal recompensa? Como querem que seus irmãos progridam na vida, se não lhes proporcionam condições para isso?

O fracasso na vida terrena pode significar estagnação espiritual, pois a revolta que lhes provocam nos corações sufoca qualquer pensamento elevado, redundando em acúmulo muito grande de fluidos negativos, advindos das baixas vibrações emitidas. Vocês serão considerados culpados desse crime, vocês todos que, tendo a faculdade de ler e meditar a respeito da verdade destas palavras, permanecem estagnados, no marasmo comodista do “deixar estar para ver como é que fica”.

Vocês são os artífices da vida. Se prestarem mais atenção na paisagem, poderão notar que, onde há terra batida, frondosas árvores deveriam ostentar seus imponentes caules e suas maravilhosas cores; onde estão as antenas de sua eletrotecnia, deveriam florescer os majestosos carvalhos, os augustos ciprestes, as vigorosas macieiras; onde vêem o ondular das folhas do tabaco ou o perfilar dos exércitos da cana, deveriam admirar o agreste da flora nativa, abrigando os animaizinhos que caçaram um dia e que vivem tão-só nas páginas multicoloridas de sua abjeta imprensa. Vocês guardaram a lembrança dos seres que povoaram a Terra. Fizeram bem, muito bem. E a recordação de sua destruição está do mesmo modo viva em sua memória ou, despudoradamente, vocês furtivamente se esqueceram de registrar os graves morticínios a que tão prazerosamente se entregaram um dia? E as suas águas? Contêm elas a fartura de peixes que limpam e purificam a gloriosa e necessária linfa com que mitigam a sede ou escorrem gordas e enegrecidas, em busca do mar de ruínas em que transformam os oceanos? De que se alimentarão? De que se premunirão para saciar a fome e a sede? Que produtos químicos esperam inventar para substituir o saboroso fruto ou a refrescante água?

Pobres crianças! Infantis criaturas! Vocês morrem a cada instante e não se apercebem. E essa morte é a pior de todas, pois acumulam venenos no corpo e envolvem de gases mortíferos a alma e o coração. A inteligência não lhes serve mais. Criam, então, robôs para pensar. Será que tais robôs cumprem sua missão de caridade, de amor e de justiça? Será que estarão aptos a substituí-los em sua sagrada missão de ensinar o caminho da verdade e do bem eterno? Que comodismo imbecil é esse que desarvora as intenções mais sublimes e desanda os corações mais puros? Vocês se arrependerão. Não prossigam. Sustem sua ganância no ponto mesmo em que se encontra agora e façam florir em seu jardim, de novo, as rosas mais doces, os cravos mais belos. A sua vida deve vir a ser virtuosa e seu serviço, em favor da humanidade. Só assim salvarão a Terra. Só assim purificarão o ar. Só assim clarearão as águas e verdejarão os mares.

Suas florestas devem ser preservadas da fúria destruidora dos que as exploram em nome de política econômica e militar que, simplesmente, mascara intenções de ganho e manutenção do status quo. Vocês devem prevenir-se contra os que maltratam a natureza e ameaçam a vida. Vocês devem sofrear os seus impulsos de dominação e reter o machado que está abatendo as árvores e, com elas, as vidas. A cada árvore que cai, podem contar dezena de crianças que perecem, vítimas de intoxicações e da falta de oxigênio. Vocês não estão ainda aptos a executar estes cálculos, pois sua matemática lhes serve apenas para somar o seu dinheiro e subtrair o de seu irmão. Só pequena fração de homens está em condições de multiplicar os efeitos funestos de sua malfazeja desonestidade e a dividir os males entre todos os viventes.

Não conseguirão vocês furtar-se ao castigo. Vocês mesmos estão sofrendo as conseqüências disso tudo. Mas não esperem mais. Resolvam-se agora a cooperar com a obra de Deus, para não terem o que lamentar no futuro. Aos que abnegadamente se subtraírem ao contágio dessa pestilência, nós oferecemos o bálsamo da fé, que restabelecerá os tecidos cancerosos e lhes fechará as feridas abertas pelo descalabro dessa irreflexão em que vivem. Aos que se esquecerem de pedir e se lembrarem só de erigir em amor a Deus e ao próximo o monumento de sua redenção, todas as divinas bênçãos. Só o amor constrói; e aquele que construir será elevado; e aquele que for honrado por Deus será para todo o sempre glorificado.

João.

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