Aos amantes do sexo e da ironia gratuita
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Alguém já disse, alhures, que todo irônico é, no fundo, um agressivo, que não se atreve a manifestar abertamente a sua crítica e, por isso, recorre à máscara do falso humorismo.
Há pessoas que só usam o pensamento para proporcionar respostas superficiais aos instintos e desejos mais egoístas e insignificantes, que em nada aproveitam na direção do verdadeiro sentido da vida.
Um homem assim, na verdade, está mais para um animal selvagem, um bicho, ou um lixo, que circula, come, bebe, dorme, e se entrega de forma doentia ao sexo pelo sexo: um pedaço de carne, músculos e vísceras, onde ele fuça, desfruta, enjoa, se ilude, trabalha, briga, se rotula como livre pensador, se deprime, quando não se droga, vai ao psiquiatra, muda de sexo para trocar de prazer, envelhece, fica brocha e morre.
É de doer o coração!
É de dar pena!
E ainda diz que gosta muito de mulher. De que mulher ele estaria falando?
Onde ele aprendeu um conceito tão errado e preconceituoso sobre mulher?
Que elas o perdoem.
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