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Poesias-->Ventos do Olimpo -- 15/11/2000 - 11:42 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um vento frio me arrepia a pele.

Um pensamento me transporta a Grécia.

Penso em campos com dourado trigo.

Ovelhas pastando, oliveiras.

Homens, deuses, monstros.

Uma mágica dimensão.

Rituais de agradecimento a Demeter.

Para que fecunde a terra.

Geia, que junto com o céu tudo criou.

Úranos, que a seus filhos devora.

Como a vida nos devora a todos.

Qual Perséfone por Hades iludida,

provando da romã, o fruto,

prende-se a morte e a inconsciência,

metade do tempo.

Festejando para alegria da mãe, na primavera, a outra metade sobre a terra.

Estamos conscientes ou inconscientes ?

Estamos vivos ou mortos ?

Em que pese ser a vida morte.

Hades nos aprisiona ou liberta ?

E os da natureza, Deuses ?

Dionísio, Baco, Pã

Centauros, Ninfas, Sílfides.

Em que sintonia estamos com seus ciclos ?

Com seus ritmos e tempos ?

Quanto desconectados ?

Vendo a natureza como algo fora.

Perdida a percepção do uno.

De dela fazermos parte.

De estarmos no mesmo culto.

Deusa Natura e seus adoradores.

Perdidos todos os mistérios,

Mitra, Elêusis, Delfos ...

Que procuravam arrancar do homem,

as vendas, o véu, a ilusão.

Mostrando que a chamada vida é morte.

Que a alma espiritual e livre,

aprisionada em tosco barro,

vive seu drama terreno

em escuro tempo de ilusão.

Libertada, segue seu real caminho.

Embora, toda moeda tendo dois lados,

precisa-se do escuro para se ver o claro.

Zeus deus supremo,

nos passa força, poder,

ordem que vence o caos.

Hera deusa dos matrimônios,

nos impele aos nossos,

com todas as sabidas conseqüências.

Hefeisto nos doa a arte e a técnica.

A técnica nos leva a um avanço

ou a um retrocesso.

Afrodite a beleza, ternura, encanto,

tão necessária, mas tão traiçoeira.

Marte a agressividade guerreira,

desejada, mas tão desastrado.

Ártemis a inteligência,

que nos salva e nos perde.

Mercúrio movimenta, transporta,

comunica, transmuta.

Quanto de mercurial temos em nós?

Apolo eleva Dionísio,

igualmente faces de um idealizado sol,

que Hélios um sol mais físico.

Nosso interno sol é Apolo ou Dionísio ?

Qual humano escapa a maldição de Quiron

o curador e sua ferida incurável ?

Deuses e heróis maiores ou menores,

como, o que está em cima

igual ao que está embaixo é,

expressam pedacinhos de nós.

Desvendam de forma poética ou trágica,

nosso Eros e nossa Psiquê.

Nosso trajeto, aparentemente, a esmo.

Nosso destino cerrado.

Nossa missão encoberta,

Pelos véus do esquecimento.

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