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Contos-->HISTÓRIAS DO ZÉCA TIRA 5 - O Gravador -- 26/02/2004 - 19:24 (ADELMARIO SAMPAIO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HISTÓRIAS DO ZÉCA TIRA 5
O Gravador


[De como o compadre Bulico vê de perto o gravador que foi deixado ligado de propósito. Os conselhos do amigo para acabar com a tristeza]

_ Ma em cumpade, o Visito é u a pessoinha munto do bão, né? Ma pareça qui num é memo de munta prosa... Num sei se tá cunumizano, proque se no cumerso val dinhero....
_ Ma cadê o ome?...
_ Pareceno qui foi dá u as vorta pros pasto, ma s’isqueceu o trem rodano aqui, ó. Os zóim do parei fica só rodano qui nem u a muage de cana... Ma será quesse ranzel fala memo o que nóis fala, cumpade? Já tô inté induvidano quiço presta memo pressas coisa. Um coisim desse tamanim, cumpade, será memo quisso é de guardá prosa?
_ Uai cumpade, ocê tá induvidano cas prosa di eu? Num foi eu memo qui arrifiri pro cumpade qu’eu vi cos propri zóio, e iscuitei cos propri uvido, quesse negoço prozeia qui nem um papagai disvalido de cunversa?
_ Num havera de induvidá memo, proque s’inté ortomove eis inventô!... Cumpade do céu, as coisa anda memo pra banda dos pocalisse, memo. O mundo tá virado numa gonia de disproposo, co nem sei ma o qui pensá. Inté vião tá teno, qui té nóis qui num gosta de cumerço, tá canso de vê passano no céu. E é u as prosa isquisita, e é uns trem danado de teressante. Presenpre os ráido. Cê já mainô, quele trem proseá das manera qui proseia, e té vestiguei qui num tem nada de bunequim drento não, proque o vigaro m’ispricô direitim cuma é cos trem fais a cuversama... Magora, vem um trem munto ma teressante, qué esse qui nóis tá veno, cocê tá falano qui proseia cas prosa da gente memo. E esses zói mecheno, cumpade? Já tô é sismano quesse bicho. Quem sabe esse danado num tá pono inté um oiado malo ni nóis.
_ Ó o café!...
_ Cherô, o danado... Ma cumpade, café dos bão memo, é o ca cumade passava nos beiço de nóis. Êita cumade quera um trem prendado memo. Pro mal pregunte, cumpade, cê num tá pensano juntá os pano traveis, não? Cê pricisa dum incosto de veis im quano, qué pa quentá os osso. Proque home sem muié, vai ficano mei dismiricido das vaidade memo nargu a coisa, e vai s acomodano n’ota, e té fica memo um home sem arção.
_ A sodade da véia é marma, cumpade... Das parença qu’eu num querdito co amô vorta infeitado dotas carne. Se bem ca gente pricisa de veis im quano dum peleguim pa roça di noite...
_ É isso memo co tô rifirino. O home percisa dum trem ma jeitado pa roçá, pa coidá das parte cá gente num leva jeito. Intonce, socê rumá um rabo de saia possa sê qu’isqueç essa tistama. Cê era um cumpanhero ma alegre, ma bincaião, bão pa dá risada, e virô esse monte de tristama, qui nem num sabe contá ma istora, e veve nesse caladão... Gora só eu qui proseio, e cê fica quessa cara de quem pidiu e num ganhô, e tô memo querditano qui num ganhô.
_ É...
_ Proque cê num proseia ca sá fia, quel’é bem capais de ranjá té casóro procê?
_ Qui nada cumpade!... A ma fia diferençô despois carrajô quele coiso. Num é di vê qu’eu fiquei memo sozim?...
_ Suzim proquê qué. Tá chei de muié na vizinhança qui tá co negoço piscano procê. ( Riso ) Alemba da Sabastiana do Aneso? Apois é home, tá co rabo freveno, sem tê um fii di Deuso pa apagá. O Aneso, cê sabe qui nem nutiça. Fugiu ca minina nos principe da vida. Diz quela tinha só u a duza de ano, e nem sabia quéra o peso dos home ainda, conde se ingraçaro um zonzoto. Daí foi co severgonho iscafedeu dexano a pobre cas coisa criano teia d’aranha.
_ É...
_ Ô cumpade to te stranhano memo proque cê nem ma ri dos proposo ca gente fais dum trem tão bão qui nem muié. Fica só, é... é... é, pareceno desses sapão qu ispanta cobra. Ma a Bastiana, tá memo quereno ranjá u a coisa mei redonda pa sentá, quela falô pa ma véia qui anda cas cocera das viuva. Ó, o seu Visito tá chegano. Vão s escondê lá pa drento, quele num vê qui nóis tava proseano perto do pareim dele.

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Adelmario Sampaio
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