Menina Luzia
Maria da Graça Almeida
Em cada momento,
num vale tão fundo,
nenhum movimento,
silêncio profundo...
- Menina Luzia,
que faz dos seus dias?
- Por dentro eu me espio,
no medo eu me crio!
Se um dia eu tivesse
um cavalo alado,
de pêlo dourado,
com mão pequenina,
do tosco viveiro,
levaria a Luzia,
pra outro canteiro.
Voaria atrevida
um vôo em cor,
daria à sua vida
um novo sabor.
Maria da Graça Almeida
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