Lapidar o texto, até que se revelem arestas estéticas, é porção mágica na arte de escrever. O insólito está em editá-lo. Alçar vóo de albatroz é o que fazem certos escribas, para ver suas obras tomar formato de brochura. "Sou partícipe nos imbróglios enfrentados por quem não se engajou no sistema editorial", diriam alguns deles. Qualquer óbice, no entanto, seria minúscula para demover Brasília da vocação para polo autónomo de manifestações culturais. O coração da cidade palpita inquietações e, no epicentro da agonia, fumegam dons criativos.
Horizontes azuis do Planalto Central inspiram a pergunta: Em uma cidade afeiçoada à política, há razões para a existência da arte? Que a esta não se negue direitos! E no bojo efervescente, cuja moldura é um Plano Piloto e várias cidades satélites, a Literatura mostra sua cara à metrópole kubstcheckeana. Nesse caldeirão, borbulha uma escritura tendente a ocupar terreno próprio.
Literatura popular, alternativa ou culta? Desnecessário supor distinções. Universos imensuráveis se depuram ao sabor do tempo. Aluda-se à s belas-letras sem usar adjetivações. E que prolifere a casta que pega na pena!