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cronicas-->Amigos,amigos -- 14/08/2000 - 21:14 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMIGOS, AMIGOS
Roberto Corrêa

Negócios à parte. Não sabemos quem inventou esse ditado, mas seria um cretino muito grande se o tivesse feito para ser entendido em seu sentido literal. Acredito, sem dúvida alguma, que o ditado foi criado para contornar situação embaraçosa em que dois ou mais amigos se encontravam: dificuldades para fixar preço em algum negócio.O mundo hoje é perverso: as pessoas não tendo mais tempo para nada, a vida agitadíssima e, na maioria das vezes, insatisfatória. Há alguns anos, lembro-me, estive numa imobiliária que exigia um xerox de algum documento para dar andamento a determinado procedimento interno do meu interesse. Então, lembrei-me do rapaz, filho do proprietário , que era amigo do meu filho e que poderia me facilitar: disse-lhe que posteriormente entregaria esse documento. A coisa era tão simples e banal que invoquei aquela amizade para facilitar e evitar a recusa. Essa persistiu, aquela pessoa me dizendo: amigos, amigos, negócios à parte.
Não me conformo com tal colocação. Se a amizade não se traduz em atitudes concretas de ajuda (se e quando necessárias), não vale nada. Se essa pessoa que diz ser seu amigo não lhe estende a mão em algum perigo ou necessidade, não presta para nada. E´ um ser qualquer. Aliás, disse Jesus: quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro. Recentemente, pessoas minhas conhecidas, uma até bem íntima, contou-me que o Mifiboset (nome fictício), havia protestado um título de Joab (nome fictício), irmão de Natan (nome fictício). Perguntei : mas Mifiboset não trabalha para Natan há muitos anos, inclusive se dizendo amigo até do pai de ambos ? Como poderia ter feito aquele ato considerado tão prejudicial no mundo dos negócios ? Estranhei mais as respostas: consideravam Mifiboset como excelente profissional e justificavam a atitude dele baseados no "amigos , amigos negócios à parte".
Sinceramente a atitude de Mifiboset, para mim, é tão exdrúxula como o próprio nome. Lembrei-me, outrossim, de antigo farmacêutico de cidade da região com o qual, conversando sobre o assunto - em idos tempos -, acentuava: "amicus certus in re incerta cernitur" (o amigo certo se conhece nas horas incertas). E, para terminar, veio-me ao pensamento, nessa ordem de idéias, um fato com o qual também não concordo: às vezes, em folhetins religiosos, trocam a palavra discípulos por amigos. Entendo seja incorreta essa troca porque , nos Evangelhos , não se fala que Jesus tivesse amigos, embora se subtenda que o fossem Marta , Maria e seu irmão Lázaro. Aliás, como disse no início, Jesus considera um verdadeiro amigo como um tesouro. E um tesouro é difícil de se encontrar. Nós, graças a Deus, encontramos diversos. Por isso, temos de nos sentir felizes.
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