E então se faz a guerra. A guerra dos fortes contra os fracos. O conflito dos ricos contra os pobres. A agressão do bem contra o mal. A potência mostra seus dentes afiados para ameaçar qualquer potencial perigo. É a guerra pelo petróleo, pela água, pela reconstrução, pela economia, pela suposta supremacia dos policiais do mundo.
A guerra pela paz. A destruição pela reconstrução. Um crime para evitar outro. É a guerra preventiva contra a ameaça que não amedronta ninguém.
A polícia do mundo avisa: estamos à espreita, qualquer movimento é suspeito e podemos prender quem acharmos conveniente. Para eles, a paz é a bandeira dos fracos, a acomodação de quem espera para ver.
Então é cerceado o pensamento, coibida a livre manifestação das idéias, proibida a criação de uma consciência diferente.
É a guerra contra a tolerància, contra a liberdade, contra a democracia. Não se cria tolerància com ódio; não se forja liberdade com perseguição; não se estabelece a democracia com bombas.
A guerra é de extermínio, o extermínio dos pobres que "superpovoam" este mundo, o extermínio dos direitos de quem somente pretende viver sem incomodar ninguém, o extermínio da paz possível e viável com a qual muita gente não saberia conviver.
Os senhores da guerra têm aversão à paz. Sem ela, não sabem como vender armas, favores nem exercer a influência que tanto buscam. Eles querem ser superiores, mas mostram-se baixos, vis.
São fascistas disfarçados que mancham nossa existência, pregam a igualdade relativa, colocam em risco nosso futuro e tornam vazios nossos valores mais adorados: a liberdade, a democracia e a tolerància.