Numa tarde qualquer de primavera eu me entrego aos desejos do corpo e da alma. A mente quer, o corpo acompanha e eu corro atrás do néctar que me acalma. Sinto o vento suave. Ele toca minha face e me enche de energia para mais uma jornada. Pressinto a chuva que se anuncia no vóo dos pássaros para oeste enquanto busco uma morada. Mas demoro a encontrar abrigo. Corro pelas ruas. A chuva me alcança e eu não quero me esconder. A tempestade me lava alma, limpa o corpo e me renova para mais uma empreitada. Procuro agora o calor de seu corpo, a maciez de sua pele, a doçura de sua voz, a segurança de seus braços. A noite vem e eu me encontro nesta selva, esta selva de concreto que insiste em me abrigar. Daqui não quero sair, mas preciso te encontrar. Procuro por você pra te trazer pra cá.