Quando ouço as pessoas falarem que o FMI fica emprestando dinheiro para o Brasil, nos individandos, nos levando à falência; que ele é o grande culpado pelo nossos problemas financeiros, eu me lembro daquela música do grande Raul, "Que culpa tem Cabral?".
É, é muito fácil colocar a culpa nos outros sem olhar para as próprias fuças no espelho. Primeiro, pelo o óbvio: Se o Brasil vive pegando dinheiro emprestado do FMI, é porque não consegue gerar divisas suficientes para se manter; O FMI nunca mais voltará a ver esse dinheiro de novo, porque o Brasil sempre vai precisar de mais para continuar funcionando, não há como devolver todo o dinheiro emprestado se sempre é preciso mais e continuar pegando emprestado isso. Tanto que nossa dívida cresce, mas se esquecem que, se o Brasil é caloteiro, tem alguém perdendo dinheiro.
O FMI não é bonzinho com certeza, se ele empresta algo, é porque existe uma boa razão. O FMI cobra os juros mais baixos porque sua meta é tentar dar uma ajuda a países fálidos como Brasil. Quando o FMI deixou de emprestar dinheiro para Argentina, ela beijou a lona no dia seguinte. Classe média ficou pobre do dia para a noite. O FMI só continua ajudando o Brasil porque, devido sua extensão, sua economia é grande. Se o Brasil cai, o mundo sofre um baque forte na economia.
O grande responsável pelos nossos problemas somos nós mesmos. Quando não sei quem do FMI critica e fala mal do Brasil - com razão, diga-se de passagem - e a Veja - a pior revista de informação brasileira, no nível de tablóide já - faz uma edição para linchar moralmente o cara, você percebe a falta de auto-crítica e a característica das pessoas de jogar a culpa nos outros. A culpa não é nossa, é do FMI. A tempo: o cara do FMI que critica o Brasi com razão diz apenas um fato, que os políticos brasileiros, muito corruptos, ficam com uma boa parte dos empréstimos do FMI, que deveria ser usado todo para fazer o país crescer e pagar o que deve sem precisar ficar recorrendo a eles a todo o tempo.
Tomem vergonha na cara da próxima vez que forem falar mal do FMI.