Você cumprimentaria uma pessoa no aniversário dela, se esta pessoa tivesse se separado (divorciado) de você ou de algum parente bem próximo ? Não se trata de pergunta do famigerado "você decide", mas de situação próxima a acontecer "no meu pedaço". Aí estranha e magoadamente conclui que pessoas vivas podem se encontrar mortas.
Não se trata daquela metáfora antiga de saudosos pregadores de que o pecado causa a morte da alma. Hoje morte e pecado são duas palavras impensadas por antecipação, porém cruamente reais em hospitais, velórios, cemitérios, noticiários e antros de sacanagem, de condutas perversas, de rapinas, engodos e crimes.
Como você felicitaria aquela pessoa separada por um fosso imenso de mágoas , revoltas e desprezo ? Os divórcios e separações pululam por todos os cantos . Entre essa turma toda existe carinhos e afagos, todos desejando para cada um a máxima felicidade possível ? Ora, meus amigos, infelizmente, o ódio campeia solto entre eles , impregnado de tristezas e amarguras...Onde se encontra o "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei?" Essa amostra de desunião não significa que a família se encontra abalada e na convivência humana predomina a hipocrisia, traduzida nas palavras " vai tudo bem, obrigado" ?
Se a família está se enfraquecendo com as constantes separações é evidente que o reino do pecado se robustece, pois novas uniões dos separados são consideradas adúlteras, eis que o casamento religioso é indissolúvel pela Igreja Católica (salvo as exceções canónicas). E porque o pecado aumenta, naturalmente em progressão geométrica, pois ele sempre foi e é bem atraente para a fraca natureza humana, se encontra bem explicado e compreendido porque o mundo anda tão mal. Se o homem não observa os mandamentos é evidente que não pode esperar a ajuda divina. Crimes, insatisfações, desavenças, desemprego, miséria, guerras etc. são consequências, evidentemente, desse afastamento do homem do seu Criador.
Mas, respondendo à pergunta inicial direi que não cumprimentaria aquela pessoa pelo aniversário porque a consideraria , infelizmente, morta para o meu relacionamento. Como cristão porém, rezaria por ela afim de esperar bênçãos divinas para o caso. Lastimo considerar o crescimento das desuniões familiares, a soberba desintegração da sociedade tornando a vida humana bastante sofrida. Há remédios , há soluções. Quando porém, serão aplicados? Há conflito ente o mundo da fantasia (dos prazeres, dos sonhos, das ilusões) e o mundo real (da virtude, do trabalho, das orações), que precisa ser solucionado para haver paz .
No tempo do velho testamento se rasgavam as vestes, cobriam-se de cinzas as cabeças, jejuava-se e se faziam holocaustos, não se esquecendo do bode expiatório para os pecados. Hoje não faltam recursos litúrgicos para nos aproximarmos do nosso Criador inclusive com a própria oração ensinada por Ele e assim deprecarmos para que um dia (esperamos que não esteja mui distante), os desunidos se reconciliem e voltem a ter vida plena e real .