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cronicas-->HOMEM COMO VONTADE -- 14/09/2002 - 17:31 (Raimundo Lindoberto Fernandes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No início o homem pergunta -de onde venho? Como tudo começou? E essas perguntas o acompanham por toda a vida e mais as dos seus descendentes. Tudo passa sobre a terra. As eras e o homem mudam intensamente e sempre a pergunta rondando seus instantes e sua vida. Mas como na vida tudo tem uma explicação cientifica ou sobrenatural o homem começa a formar mitos e com eles os profetas que vão dando ao homem tudo aquilo que precisa ouvir para em fim solucionar suas dúvidas e dar respostas as suas inquietantes questões. Surgem então deuses e mais deuses dando origem a tudo e explicando tudo da forma mais rude que existe e com eles os filósofos que de maneira cientifica conceituam como natural ou não, vivo ou não, formando tabus que vão conduzir o homem por toda a sua existência, dentro de limites conceituais de origem da vida.

Analisando superficialmente o mundo como vontade e representação, vemos o retorno do filosofo, mais uma vez, a religião. Buscando desta uma resposta definitiva para o assolador, de onde venho? E vai através do budismo hindu nos dizer que já existíamos antes de nascer e que por isso não devamos temer a morte, porque voltaremos novamente até cansarmos de vir, gastarmos os nossos passes e ficarmos pressos no éter. Como esta explicação é conformista e ainda gera resposta mista de sobrenatural e cientifica o homem sorrí feliz. Pronto está tudo definido, já sei de onde venho, agora só falta saber como tudo começou? Darwin, confirma que foi de um macaco, no gênesis diz que foi do barro e Arthur diz que foi do éter. E agora, será que nunca morremos, somos espíritos zumbis, onde se renova a cada vida como se fossemos flores de cada estação desabrochando em pétalas novas e sempre carregadas de conceitos que nos sufoca o corpo e reprime o espírito vitimado pelo medo de nunca encontrar a paz sonhada?
Certamente esse medo se deve pela certeza do homem nunca mais respirar após o último suspiro. Ou ainda por nunca ter a certeza de nada e sempre surgir cada vez mais alguém com respostas que levam sempre para as mesmas incógnitas - de onde viemos ou como surgimos?
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