Já em diversas vezes considerei a dificuldade em escolher um tema para ser abordado. Nos dias de hoje pululam centenas de assuntos controversos, escorregadios, polêmicos e ao enfrentá-los corrermos o risco de ter uma espada de Dàmocles sobre nossas cabeças.. Como poderíamos, por exemplo, abordar o tema das diversas discriminações ( negros, idosos, doentes, deficientes físicos, pobres etc), adentrar pelo campo da política (inclusive vaticinando o sucesso ou a derrota de determinados e possíveis candidatos), pelo setor esportivo (pleno em "experts" em futebol) ou incursionar pelo campo religioso, onde abundam seitas múltiplas e estranhas, sem provocar o descontentamento ou a ira dos opositores ?
Por isso, vou escrever sobre um assunto mais suave, sem muitos opositores, como, por exemplo sobre a alegria, que anda meio distante de todos. Sempre foi dito que o brasileiro é alegre, bom. Acredito que esse conceito prevaleceu até os anos setenta do século passado, fase em que a televisão ainda se encontrava pouco difundida e a expressão mídia começava a ser usada , com entendimento restrito. O brasileiro era alegre, até bom, porque , apesar de pobre, desconhecia o que se passava nos bastidores e não tomava conhecimento da quantidade de crimes que se praticavam. A mídia eletrónica , aos poucos, no afã de divulgar tudo, aspergiu para todos os cantos, as mazelas que ocorrem no Brasil e em todos os países do mundo. O brasileiro, então, foi perdendo aquela alegria da liberdade e das coisas boas e tomando conhecimento da realidade cruel e das coisas más.
Passava a ter, portanto, motivos para não mais ser alegre e feliz. Hoje, pode-se dizer que se não é triste - porque o clima tropical ainda o anima -, anda cabisbaixo, sem grandes entusiasmos e cheio de problemas , pois conhece realmente a sua situação de inferioridade em relação aos cidadãos dos países mais adiantados. Carente de educação e adequada formação religiosa, enfrenta realidade atrós, não sabendo, por exemplo, como resolver a crise do desemprego ou como aumentar a renda "per capta". Além disso, a mídia, por razões que todos conhecem e que são variadas (de acordo com o entendimento e "sabedoria" de cada um), insiste em divulgar os piores comportamentos humanos, fingindo ignorar que eles não servem de exemplo ou de estímulo pois se trata de uma realidade que precisa ser conhecida, doa a quem doer..
Desta forma, não se falando da crise moral, a pior e matriz de todas as outras, a maioria delas pipocou da crise energética que, surgindo de repente, motiva grandes preocupações com os diversos tipos de produção - industrial e agrícola - , que, não podendo se expandir pode gerar desemprego e queda da famosa renda "per capita". Como contornar essa difícil situação? Meus amigos, é nessa hora, especialmente, que temos de recorrer à Divindade, reconhecer a nossa miséria e fragilidade e implorar ao Supremo Criador para que seja misericordioso para conosco.